Cicinho
Cicinho

Esse ano, duas contratações vultosas de dois grandes clubes paulistas mexeram com a dupla Remo e Paysandu de maneiras diversas. A contratação de Paulo Henrique Ganso do Santos (SP) pelo São Paulo (SP), acabou rendendo lucros ao clube bicolor, onde o jogador jogou nas divisões de base até o sub-17. Por outro lado, a aquisição do lateral-direito Cicinho pelo Santos (SP) até o momento não rendeu nada ao Leão, onde o atleta se profissionalizou e atuou até 2009. O motivo? Falta de documentos que comprovassem que o Remo era o clube formador do atleta.

O zelo com as divisões de base tem um histórico recente de deixar a desejar. No caso Cicinho, até o momento, o clube briga para receber R$ 500 mil, referentes a 5% do valor de negociação, apresentando documentos que autenticam a passagem dele pelo Remo. Mas no caso de Thiago Alves, nem isso tem o clube dispõe. Saído do clube quando ainda treinava no sub-15, em 2008, foi levado por um empresário ao Santos (SP), onde dois anos depois era lançado na equipe principal como a nova joia da base santista. A carreira do atleta, até o momento, não deslanchou, mas muito se lamentou a perda de qualquer possibilidade de negociação por parte do clube azulino.

Só neste ano, o Remo perdeu vários atletas. O lateral-direito Tiago Cametá, por atrasos salariais e no recolhimento do FGTS, saiu gratuitamente para a Ponte Preta (SP). Em situação similar, o zagueiro Igor João havia abandonado o clube em 2012 e o volante Tsunami tentou fazer o mesmo esse ano. Ambos acabaram voltando ao Remo.

No caso do volante, que hoje é uma das promessas do time sub-20, fica o agravante que, apesar de ser apontado como grande promessa da categoria, o atleta não tinha nenhum contrato com o clube. Ele chegou a passar uma semana em Recife (PE), treinando com o time do Sport (PE), mas decidiu voltar para Belém. “Acho que ainda sou muito novo para viver longe da minha família. Não me senti confortável lá, senti que não teria espaço. Preferi tentar recomeçar por aqui”, disse o volante de apenas 16 anos.

Diário do Pará, 06/10/2013