Remo 2x1 PSC (Leandro Cearense)
Remo 2x1 PSC (Leandro Cearense)

O melhor Re-Pa do ano teve uma disputa acirrada no aspecto tático. O Remo mostrou mais uma vez que joga melhor com o time compactado e à base de contra-ataques como válvula de escape, mas voltou a mostrar desorganização após sofrer um gol, recuando e deixando o adversário pressionar. Ao Paysandu faltou, no início do jogo, qualidade para manter a bola em poder de seu meio campo, deixando a maioria dos rebotes com os azulinos. Ainda assim, na base da pressão, o time bicolor teve bons momentos no jogo.

A escalação do Remo no 4-5-1 foi uma variação do esquema 3-6-1, já que na prática o volante Nata atuou como um terceiro homem de zaga, posicionado à frente da dupla formada por Yan e Henrique. No meio campo, Jhonnatan teve destaque, mais uma vez acrescentando qualidade à saída de bola remista. Ramon mostrou evolução e apareceu bem em tabelas que permitiam ao Remo esquecer o chutão e orquestrar as jogadas desde seu campo, diferente do que vinha mostrando no Parazão.

O Paysandu veio a campo com o mesmo esquema tático e mostrou certa displicência, a exemplo do primeiro jogo da semifinal. Os descuidos ficaram expressos pelas falhas de marcação na primeira etapa, como a de Vânderson, que só cercou Leandro Cearense e deu ao atacante espaço para finalizar e abrir o placar. Apesar de ter visto o rival mandar no fim do primeiro tempo, o Paysandu voltou para a segunda etapa mais motivado e priorizando a criação, com Alex Gaibú na vaga de Vânderson.

A mudança deu resultado: passando a jogar com a bola no campo do Remo, o Paysandu fez o time de Flávio Araújo se acuar, voltar a dar chutões e desperdiçar a posse de bola, criando um ciclo benéfico aos bicolores, que pressionaram muito. Porém, uma pequena falha na marcação, associada ao “frango” que Paulo Rafael tomou, permitiu que Clebson arriscasse de longe e fizesse o Remo voltar à frente. Mais uma vez com o resultado, o Remo contou com o nervosismo adversária e solidificou a estratégia de sair em contra ataques, coisa que fazia em superioridade numérica ao fim da partida.

Amazônia, 28/04/2013

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