Jogadores remistas treinam no Baenão
Jogadores remistas treinam no Baenão

Após passados os primeiros dias de Charles Guerreiro no comando do Clube do Remo, o novo técnico azulino já teve certo tempo para analisar o material humano que tem em mãos. Com remanescentes do Campeonato Paraense e promessas da base, Guerreiro vai, aos poucos, tentando dar uma forma ao time que ainda tem esperança de disputar a Série D do Brasileiro este ano.

O treinador revelou que a ideia de um contrato longo – Charles assinou com o Remo por 18 meses – é para conseguir garimpar revelações locais e moldar jovens das categorias de base.

“Aceitei o trabalho no Clube do Remo pelo desafio de trabalhar em um time grande. O projeto de um contrato de um ano e meio, para dar um espaço para a base trabalhar. Os clubes em que passei, consegui revelar grandes jogadores que estão trabalhando no futebol paraense e no futebol brasileiro. É animador. Vi dois jogos do Sub-20 e acho que cinco jogadores têm condições de trabalhar no profissional para, no futuro, serem titulares do Clube do Remo”, explicou o técnico.

Apesar de muita especulação, o Remo ainda não tem nenhuma confirmação oficial sobre uma vaga na Série D, através de uma possível desistência de algum dos clubes que estão no Grupo A1 da competição. A partir dessa incerteza, Charles Guerreiro revelou que trabalha em duas frentes: caso o clube consiga a vaga, espera contratações, caso contrário, vai se focar no trabalho com jovens atletas.

“Com o Remo na Série D, a gente vai procurar manter uma base com aqueles jogadores que tem condição de vestir a camisa do Remo. Pelo o que observei, nós temos que trazer uns cinco ou seis jogadores para algumas posições carentes, para conseguirmos fazer um grande trabalho e levar o Clube do Remo à Série C. Se não disputarmos a Série D, o projeto é de um contrato de um ano e meio. Então é dar um espaço para a base, trabalhar com atletas locais e preparar o time para disputar o Campeonato Paraense do ano que vem”, afirmou.

Após algumas passagens pelo Leão apenas como interino, Guerreiro assume o time pela primeira vez como técnico “titular”. A carreira fora das quatro linhas começou justamente no Remo, em 2005. Dois anos depois, comandou a equipe em alguns jogos na Série B, objetivo no qual o treinador sonha alcançar nos próximos anos.

“Estou tendo a oportunidade de voltar ao Clube do Remo mais maduro, mais experiente, por conta dos clubes aonde passei. Tive a oportunidade de encerrar a minha carreira como jogador no Remo e iniciar a minha carreira como auxiliar do Tita, em 2005. Agora, tenho a oportunidade de voltar, mostrar o meu trabalho que, por onde passei, consegui alguns acessos. Então é trabalhar e colocar o Remo no lugar que merece”, ponderou.

Globo Esporte.com, 29/05/2013