Para muitos, o tempo é a solução para alguns problemas. No caso de Leandro Cearense, ele nem precisou ser muito! Menos de 24 horas depois de “revidar” um soco do goleiro Adriano, na partida entre Águia e Remo, no Zinho de Oliveira, em Marabá, – onde a dupla foi expulsa de campo – o atacante azulino declarou: “Fui agredido primeiro, mas peço desculpas ao Adriano e ao Remo por ter sido expulso. Violência nunca leva a nada”.
Com a boca ferida tanto no lábio superior, quanto no inferior, o atacante, que estreou sendo titular e fez dois gols para o Leão, disse que está muito feliz pela atuação com a bola, mas triste pela confusão.
“Fique demais feliz pelos gols na primeira oportunidade que o professor Flávio (Araújo) me deu como titular, mas ainda estou muito triste pelo episódio da briga. Foi a primeira vez, em quatro anos como jogador de futebol profissional, que agredi alguém e que fui expulso. Agora, só me resta esperar pela dura que sei que vou levar e trabalhar por uma nova oportunidade”, disse.
Aliás, Leandro fez questão de descrever, com suas palavras, o que aconteceu no momento da briga. “O nosso zagueiro, que é também o nosso capitão, Carlinhos Rech, dividiu uma bola com o Adriano na área e foi empurrado. No chão, ele foi chutado pelo Adriano e pelo Edkléber e, como conheço os dois, fui pedir calma. Falei para o Adriano ter calma, porque não precisa daquilo e ele me deu um soco, que ‘abriu’ minha boca. Peguei e ‘sentei’ um soco na cara dele, não vou mentir. Saí com a boca sangrando e mostrei a todos que estavam lá, mas logo que saí, bateu o arrependimento”, contou.
Ainda no aguardo pelo embarque de Marabá para Belém, Leandro disse que espera que aconteça no Baenão sobre o assunto. “O professor Flávio sempre conversa com os jogadores, mas pelo o que aconteceu, sei que vou levar uma dura e vou pedir desculpas ao grupo por ter sido expulso numa hora como aquela. Estou muito triste”, confessou.
Além de Leandro Cearense e Adriano, o lateral Walber, que estreava com a camisa do Remo, também foi expulso, e com menos de 5 minutos em campo. Sobre o colega de clube, o atacante remista falou: “O Walber é um cara evangélico e ficamos nós dois do lado de fora. Ele só faltava chorar porque tinha sido expulso. Na minha opinião, ele deu um carrinho sem maldade. Não era para ter sido vermelho”.
Walber recebeu o cartão vermelho por ir a uma dividida com o goleiro substituto do Águia, Leandro, de carrinho. A dupla azulina está suspensa e não vai poder atuar ao menos na primeira partida das semifinais. A diretoria do Remo informou que não dará punições aos seus jogadores.
Portal ORM, 08/02/2013
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