Osvaldo Sestário
Osvaldo Sestário

A diretoria do clube azulino aguarda a marcação do julgamento em segunda instância, após a suspensão de dois anos em competições organizadas pela CBF, além da multa de R$ 20 mil, imposta ao Remo pela Quarta Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em virtude da ação movida pelo torcedor Wendell Figueiredo na Justiça Comum. O clube vê com otimismo a futura decisão do Pleno do STJD. O advogado do clube paraense, Osvaldo Sestário, diz que, agora, vai ter mais tempo para apresentar uma defesa ao tribunal.

No julgamento de sexta-feira passada, os auditores entenderam que o Remo estava se beneficiando de uma ação movida por terceiros na Justiça Comum, pleiteando a inclusão do clube na Série D do Campeonato Brasileiro e a saída do Genus (RO) da competição. Fato que infringiu o artigo 231 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala em “pleitear, antes de esgotadas todas as instâncias da Justiça Desportiva, matéria referente à disciplina e competições perante o Poder Judiciário, ou beneficiar-se de medidas obtidas pelos mesmos meios por terceiros”.

“A punição já era mais ou menos esperada por nós. Infelizmente, fomos apanhados de surpresa pela marcação do julgamento em cima da hora, mas agora vamos ter mais tempo para preparar uma defesa e, além disso, acredito que a tendência diante dos fatos é que o Pleno reforme a decisão tomada em primeira instância”, afirmou Sestário, que deverá manter a mesma linha de defesa adotada no julgamento da sexta-feira. “Vamos insistir na tese de que o Remo não tem nenhuma responsabilidade em relação ao processo que está sendo movido pelos torcedores de Ananindeua”, adiantou.

Outro que espera um resultado favorável é Bruno Coimbra, advogado do Remo em Belém, que aguarda a anulação da pena imposta pela Quarta Comissão Disciplinar. “Na verdade, podemos até considerar esta punição como algo normal em se tratando de uma Comissão Disciplinar. Da mesma forma, podemos considerar plenamente possível que, no Pleno, o entendimento dos auditores seja diferente. Pode ser que eles julguem diferente dessa vez. É isso que esperamos”, ponderou o advogado remista.

Os advogados Valber Motta e Vanessa Egla, que representam Wendell Figueiredo no processo que tramita na Comarca de Ananindeua, também entrarão com um recurso no STJD. “Vamos entrar com impugnação. Estamos preparados”, declarou Valber Motta.

Amazônia, 15/07/2013