Ely
Ely

O Remo fez bonito na estreia da Copa São Paulo de Futebol Júnior, batendo o favorito Fortaleza (CE) pelo placar de 1 a 0 e garantindo os primeiros 3 pontos no Grupo 31.

Um dos jogadores que esteve em campo foi o lateral-esquerdo Elyson Jesus, ou Ely, de 20 anos, que falou sobre a trajetória para chegar até a maior competição de categorias de base do Brasil.

“É uma sensação muito boa. Acredito que todo garoto que sonha em ser profissional, tem como objetivo participar da Copinha”, disse.

“Na hora, passa um filme na cabeça de tudo o que passamos. Passei muitas dificuldades quando era pequeno, mas meu pai sempre me apoiou e me levava para os treinos. Fui morar no Rio de Janeiro (RJ) sozinho, sem meus pais. Perdi um pouco da adolescência, mas quem quer ser jogador profissional precisa se sacrificar. Abri mão de muita coisa, mas graças a Deus hoje estou muito feliz no Clube do Remo. Só tenho que agradecer a Deus pela oportunidade e a minha família e namorada pelo apoio”, destacou.

O próximo desafio azulino será contra o Juventus (SP), dono da casa, que venceu o São Caetano (SP) pelo placar de 2 a 0 na rodada inicial e lidera o Grupo 31, junto com o Leão. O duelo está marcado para acontecer no estádio Conde Rodolfo Crespi, às 13h, neste sábado (07/01), e Ely quer o time azulino lendo bem a partida.

“Vamos jogar contra o time da casa. Eles têm uma torcida muito forte, que certamente irá lotar o estádio. No entanto, estamos concentrados para esse duelo. Será um confronto direto. Se ganharmos, praticamente, estaremos classificados. Vamos jogar com inteligência, explorar os contra-ataques e matar o jogo para garantir a classificação”, ressaltou.

A Copinha é a chance da vida da maioria dos garotos. Aqueles que se destacam, ganham oportunidades no profissional dos seus clubes ou são vendidos para equipes maiores no cenário nacional e até mesmo internacional. Ely contou um pouco da sua trajetória e, apesar da ansiedade que a competição gera nos atletas, mostrou estar com a parte mental equilibrada e focada.

“Com 8 anos de idade, entrei na escolinha da Tuna. Com 9, me federei e fui campeão paraense da categoria. Com 12 anos, recebi uma proposta do Fluminense (RJ) e morei 4 anos no Rio de Janeiro. Voltei com 16 anos, após passar por muitas coisas lá. Agradeço muito a Deus por tudo o que passei, mesmo sendo difícil, pois hoje valeu a pena”, lembrou.

“Agora, estamos focados em dar o nosso melhor. Aqui é uma vitrine! Assim como podemos ser integrados ao elenco profissional do Remo, podemos ser vendidos. A Copinha atrai olheiros de todos os cantos do país e do mundo. Óbvio que ficamos ansiosos, mas acima disso, estamos bem concentrados para fazer uma boa campanha e história pelo Clube do Remo”, finalizou.

Diário Online, 05/01/2023

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