Artur Júnior
Artur Júnior

A crise que envolve o Clube do Remo foi um dos motivos para a saída de mais uma jovem promessa do futebol azulino. O meia Artur Júnior, filho de Artur Oliveira, um dos maiores ídolos do clube, anunciou em uma rede social, nesta quinta-feira (08/04), a sua saída do Clube do Remo.

De acordo com o jogador, as condições em que o clube azulino se encontra mostram o descaso com as categorias de base, que nos últimos anos perderam vários jogadores, entre eles, o volante Tsunami, que atualmente está no Cruzeiro (MG).

Ainda na postagem, Artur lembrou-se de uma frase dita pelo ex-técnico do Remo, Giba Maniaes, que citou metaforicamente que “o Remo está como um carro atolado. Metade empurra para frente e outra metade para trás”.

“Estou saindo porque cheguei ao meu limite. Pela maneira como lidam comigo, por várias situações desgastantes. Cansei de passar por certas coisas que acontecem lá dentro”, disse o jogador.

Confira o anúnio do atleta na íntegra:

Hoje, venho anunciar oficialmente o meu desligamento do Clube do Remo. Infelizmente, nem tudo é como a gente quer. Procurei honrar meus compromissos até o último dia. Quem me conhece, sabe do tipo de pessoa e profissional que sou. Porém, cansei de ser enganado, ignorado, de passar por situações desnecessárias, que para não expor a marca Clube do Remo, que é bem maior do que tudo e todos, não irei entrar em detalhes. Imaginei que poderia ter algum tipo de perseguição, pelo apoio do meu pai a outra chapa na época das eleições. Porém, como sempre foi, quis separar as coisas dele para mim. Procurei fazer meu trabalho da melhor maneira possível, sem que isso venha influenciar ou não. Antes de alguém vir falar algo aqui, sei que não sou nenhum craque, não estou metendo marra ou algo do tipo, não! Apenas cansei de ser tratado como um nada, como muitos garotos aqui já foram! Obrigado a cada um que torceu por mim, por todo apoio e é isso aí. Vida que segue! Termino com uma frase, do falecido técnico Giba, que mostra realmente, o que é hoje o Clube do Remo: “O Remo está como um carro atolado. Metade empurra para frente e outra metade para trás”.

Diário Online, 09/04/2015