Sub-15
Sub-15

Na falta de um calendário oficial de jogos no futebol profissional do Clube do Remo, a torcida azulina se viu órfã de sua maior fonte de alegria. No auge do ócio futebolístico, aos poucos uma nova e grata surpresa foi tomando conta da paixão remista. Sem jogadores do mesmo peso de Val Barreto, Fabiano e companhia, os garotos de uma equipe com nomes desconhecidos da grande massa, como Rodrigo, Guilherme, Jader, Silvio, entre outros, ganharam a confiança, o carinho e principalmente o respeito da torcida, após a conquista da Copa Norte e a boa e surpreendente participação do time na Copa do Brasil Sub-20.

Foi amor a primeira vista. A equipe azulina de futebol sub-20 caiu nas graças da torcida. Até então, dificilmente se viu uma demonstração tão grande de paixão entre clube e torcida fora da categoria profissional. Da frustrante perda do título estadual para a Desportiva, até a eliminação para o Criciúma (SC), nas quartas de finais do torneio nacional, a torcida viu nascer um novo nicho de oportunidades.

Atualmente tanto a equipe sub-20, quanto as demais que formam o futebol amador do Clube do Remo estão sendo valorizadas devido ao sucesso repentino que o time alcançou. Cerca de 500 atletas se esforçam diariamente em busca de um lugar ao sol. Por parte da diretoria, alguns benefícios já foram alcançados, como o aluguel de um centro de treinamento e futuramente a aquisição da própria estrutura de trabalho.

Enquanto o cenário local ainda se impressiona com os resultados alcançados em 2013, que culminaram com o recorde de público em todas as edições da Copa do Brasil da categoria, quando um público de aproximadamente 30 mil pessoas lotou o Mangueirão para assistir ao Leãozinho – apelido carinhoso dado ao time – contra o Flamengo (RJ), os garotos seguem trabalhando com o sonho de conseguir uma oportunidade e um lugar de destaque.

[colored_box color=”yellow”]Diretoria garante que está valorizando a base

A julgar pelo histórico do próprio futebol azulino, a base sempre foi responsável pelas maiores estrelas que passaram no gramado do Baenão. Jogadores que ficaram marcados na memória seja dos mais velhos ou dos mais novos. Adércio, Nego, Vinícius, são uns nomes que ficaram num passado distante, mas suas habilidades, somada a de outros que vieram depois, inspiram os dirigentes a sonhar com novas levas de craques de criados em casa.

“Estamos dando todo suporte para esses jogadores, melhorando contratos, subindo alguns para o profissional e os que não subiram por um motivo ou outro vão fazer uma agenda de amistosos no interior do Estado. Eles são atletas e funcionários do clube. Quase 90% estão com contratos com o clube, são ações que fazemos para valorizar e quem sabe despertar grandes ídolos”, diz o diretor das categorias de base, Paulo Araújo.

“Quando assumimos o clube, só tínhamos as categorias sub-15, sub-17 e sub-20. Criamos o sub-13, além de reforçar a nossa escolinha. Fechamos parceria com o CT ‘Ninho dos Cobras’, que possui três campos de boa qualidade, onde vamos construir vestiários. Lá será o nosso CT até que consigamos um terreno para construir o nosso próprio, no qual o vice-presidente já está tomando as suas providências”, informou.

Atualmente formam a diretoria de futebol amador, além de Araújo, o próprio presidente Zeca Pirão, o vice, Maurício Bororó, Luiz e André Baía, todos com reuniões periódicas, propondo melhorias à base azulina. “O presidente nos pediu que fizéssemos tudo para que a base seja valorizada e, por esse motivo, não medimos esforços”, completa Paulo Araújo.[/colored_box]

Diário do Pará, 10/11/2013