Paulo Motta
Paulo Motta

Entre os 10 grandes beneméritos do Remo, está Paulo Sérgio da Motta Pereira, conceituado médico da capital paraense e com relevantes serviços ao Clube do Remo, ao qual está intimamente ligado desde criança.

Paulo Motta serviu à instituição azulina como atleta de basquete e depois seguiu – ainda segue – como “fiel soldado” daqueles que só deixará de amar o pavilhão azulino quando morrer. Enquanto tiver força, disposição, determinação e vontade, declara que estará sempre firme em prol da bandeira azulina.

Aos 74 anos diz já ter vivido muitas situações de alegrias, e tristezas em lutas pelo Remo, citando como exemplo, a crise que vem se instalando dentro do Leão o que está deixando-o preocupado com a situação de momento que pode, segundo sua afirmação, desencadear um “racha” desproporcional aos interesses da agremiação.

Amigo pessoal de Manoel Ribeiro há 50 anos, Paulo diz que a fraca administração do presidente ocorreu devido ter se cercado de gente de caráter duvidoso, tendo confiado demais nas pessoas às quais delegou poderes e a consequência são as piores possíveis.

“Hoje, o Remo está dividido, lamentavelmente, é essa a realidade do momento em que vive o nosso clube. Como grande benemérito, sinto-me devastado com esses fatos que só fazem o Remo mergulhar em um mar de incertezas. Manoel Ribeiro não tem culpa, apenas foi mal assessorado. Aliás, ainda está sendo”, disse.

Mesmo sem dizer de que lado está, mas pelo semblante durante a conversa, Paulo torce por uma composição de grupo para dirigir o Remo e aponta Ubirajara Salgado como o “elo da pacificação” e o nome mais capaz para comandar o Remo, em uma provável junta governativa.

“Seria o ideal, Bira (Ubirajara Salgado), Tonhão (Antônio Carlos Teixeira), Mileozinho (Antônio Mileo Júnior), Dirson Pimentel e Milton Campos em uma equipe. A união da experiência com a determinação da juventude é ideal para resgatar a integridade do Remo”, comentou.

Para Paulo Motta, enquanto o Remo manter esse modelo de gestão, que é retrógado, não seguirá em frente.

“Sem dúvida, o Remo precisa de uma reformulação total. Os maus resultados nesta temporada são a resposta da má administração. Então, temos de formar uma equipe jovem com apoio dos grandes beneméritos. Lembro-me das palavras do técnico Giba, quando esteve por aqui: ‘enquanto o Remo não se unir, sempre vai remar para trás’. É verdade”, disse.

Motta prefere dar mais um crédito ao presidente Manoel Ribeiro pelo seu histórico no Remo que vem da década de 1970.

“Manoel Ribeiro precisa ser assessorado por jovens, pessoas com DNA do Clube do Remo. Se ele está querendo continuar, então é necessário se cercar de gente nova, com espírito renovador, que lhe dê respaldo, apoio para desenvolver sua gestão, pois como está, não pode ficar. Está muito mal”, alertou.

Paulo Motta é favorável à autonomia do futebol, como o grupo do deputado Milton Campos quer.

“Se tivesse na diretoria, daria essa autonomia. Se ano passado e este agora não deu certo, mesmo com uma ‘carrada’ de jogadores contratados, vamos apostar no grupo do Milton, pela credibilidade nas negociações com os jogadores”, ressaltou.

Para o dia 10/10, está marcada reunião do Conselho Deliberativo (Condel) para apreciar o relatório técnico do Conselho Fiscal (Confis) referente ao primeiro quadrimestre da gestão de Manoel Ribeiro, que vem sendo pressionado para renunciar à presidência azulina. Paulo Motta garante o que for melhor para o Remo caberá ao plenário decidir.

Em 2016, Paulo Motta ajudou muito o futebol azulino, sendo até “padrinho” do goleiro Fernando Henrique, hoje na Justiça contra o Remo. Neste ano, não se envolveu por uma questão pessoal, mas não deixou de frequentar o Baenão sempre no fim da tarde. “O Baenão é minha casa e ninguém vai me impedir de vir aqui”, disse.

O Liberal, 01/10/2017

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