A cada dia que passa, aumenta mais a pressão para a renúncia de Manoel Ribeiro do cargo de presidente do Remo, para o qual foi eleito em janeiro deste ano com maciço número de votos sobre o oponente André Cavalcante, que tentava a reeleição.
Após a eliminação remista no Campeonato Brasileiro da Série C, teve início a campanha por parte da torcida que vê na figura do veterano dirigente o principal culpado pelo fracasso azulino nesta temporada.
Pelo rumo da situação, sobretudo pela declaração do presidente do Conselho Deliberativo (Condel), o advogado Ângelo Carrascosa, nesta quinta-feira (05/10), tudo parece caminhar para a cassação do mandato de Manoel Ribeiro.
O ponto de partida é o relatório técnico do Conselho Fiscal (Confis) relativo ao primeiro quadrimestre da administração de Ribeiro, que está incompleto. O Condel tem reunião marcada para a próxima terça-feira (10/10) e a pauta principal é avaliação do relatório do Confis.
Se os conselheiros reprovarem as contas do presidente, será criada uma comissão para ouvir Manoel Ribeiro e, dependendo do esclarecimento do presidente, o Condel pode convocar ou não a Assembleia Geral para deliberar sobre o afastamento de Manoel Ribeiro da presidência.
“O parecer conclusivo do Confis será avaliado na terça-feira (10/10), pelo Condel. Sabemos que tem algumas ressalvas e será posto em votação. Se o Condel não aprovar, será formada uma comissão para decidir, depois de profunda análise no relatório, sobre a convocação da Assembleia Geral para afastá-lo do cargo. Manoel Ribeiro terá direito de apresentar sua defesa, sua justificativa. Só os sócios, em Assembleia Geral, podem destituir Manoel Ribeiro do cargo”, disse Carrascosa.
Outro detalhe do presidente do Condel diz respeito ao pedido de licença, por tempo indeterminado, do vice-presidente Ricardo Ribeiro. Estatutariamente, não existe esse tipo de licença e o caso vem sendo analisado pelo Condel.
“Ele (Ricardo Ribeiro) se colocou à disposição, caso Manoel Ribeiro seja afastado da presidência”, informou o presidente do Condel azulino.
O Liberal, 06/10/2017