O presidente André Cavalcante, do Remo, como se diz na gíria, “soltou o verbo”, denunciando um complô dentro do clube com o objetivo de prejudicar o trabalho da atual diretoria. Sem citar nomes, Cavalcante poderá confrontar seus detratores na reunião do Conselho Deliberativo marcada para esta segunda-feira (25/04), quando será chamado para falar sobre o momento do clube.
Segundo André, os “maus azulinos” fazem guerra pelas redes sociais com o intuito de denegrir o trabalho feito na atual temporada, malograr tudo o que vem sendo feito na reorganização do clube. No grupo estaria a figura de um ex-diretor.
“Um deles agrediu uma senhora no estádio, uma coisa absurda, um mau-caráter que posa de bonzinho diante dos outros. Não tenho medo das ameaças e nem de agressão. Sei que dentro do clube tem um bando de ‘vagabundos’ que torcem contra o Clube do Remo. Eles empunham o nome do Remo dizendo que são torcedores, mas na verdade não são, torcem contra nós, contra o clube”, disse.
O presidente azulino pode levar o clima de animosidade velada ao conhecimento do Condel durante a reunião. Desde o Re-Pa de quarta-feira, 20/04, o presidente vem sendo alvo de críticas e xingamentos.
“Estou no Remo com o objetivo de recolocar o clube em seu lugar de sempre. As dificuldades são muitas. A maior delas é o problema financeiro, com o clube cheio de contas a pagar, mas não recorremos aos agiotas. Uma coisa aprendi com meus pais: ser honesto, trabalhador e cumpridor dos deveres. Não admito molecagem e safadeza com o clube. Qualquer um pode vir à sede conversar, na boa ou não, pois estou preparado para receber. Espero que amanhã (segunda-feira), na reunião do Condel, haja cobranças, porque assim tenho a oportunidade de revelar verdades”, ressaltou.
André lamenta a desclassificação do Remo na Copa Verde. “Entendemos a posição do nosso torcedor. Está amargurado e eu também. Em uma competição, o time pode avançar ou ficar pelo caminho, como aconteceu com a gente. Não custa lembrar que o Remo demorou para formar sua equipe para os campeonatos. Foi uma aposta devido ao pouco tempo que tínhamos. Esperamos superar montando um novo time com mais qualidade”.
Com 3 meses e alguns dias de presidência, Cavalcante ainda não conseguiu equilibrar os salários dos funcionários, mas os jogadores estão em dia.
“Existe débito de jogador da gestão passada, são luvas até de R$ 100 mil. Estão sendo pagos aos poucos. Os funcionários ainda não receberam, mas nesta semana devemos pagá-los. As rendas não são boas, no Re-Pa de quarta-feira (20/04) recebemos apenas R$ 30 mil de cota. Quem imaginaria que um Re-Pa daria um lucro de 30 mil? No sábado (23/04)deu um pouco mais de R$ 100 mil. Colocar o elenco em dia é uma luta muito grande e estamos compondo o pagamento”, destaca André, revelando ainda que o Remo tem um débito com a empresa Ingresso Fácil que vem sendo quitado em parcelas.
Amazônia, 25/04/2016