Manoel Ribeiro e André Cavalcante
Manoel Ribeiro e André Cavalcante

Às vésperas da eleição para a presidência azulina, as denúncias e acusações não param no Leão. Na tarde desta quarta-feira (30/11), o atual presidente do Clube do Remo e candidato à reeleição, André Cavalcante, protocolou um documento pedindo o afastamento de Heitor Freitas, presidente do Conselho Fiscal (Confis). Segundo Cavalcante, Heitor Freitas não possui condições para ficar neste cargo.

“Esse senhor não tem capacidade e não tem isenção nenhuma para exercer este cargo. Isso já virou uma guerra pessoal e ele não faz questão de esconder. Em uma reunião do Condel, ele me xingou de tudo quanto é impropérios. Nosso estatuto é claro, quando estabelece que fica passível de eliminação o sócio que cometer ato grave contra dirigente na função de seu cargo”, afirmou o mandatário azulino.

Além dessas acusações, Cavalcante alega que Heitor tenha cometido outras irregularidades. “Fora isso, vazamentos de documentos do Confis, como o documento de contabilidade do clube. São de interesse apenas do clube, são sigilosos! Ele cometeu esses atos e vai ter que responder com os rigores do estatuto”, encerrou André Cavalcante.

Os pedidos de afastamento de cargos de dirigentes do Clube do Remo continuam a ocorrer. O secretário do Conselho Fiscal do Remo, Fábio Cebolão, solicitou que Manoel Ribeiro, atual presidente do Conselho Deliberativo e candidato à presidência do Remo, também fosse afastado de suas funções. De acordo com o documento, o motivo seria a não prestação de contas dos atos na gestão interina de Manoel Ribeiro.

“Protocolei na secretaria do clube um documento pedindo o afastamento do presidente do Condel. Ele não prestou contas da gestão dele, quando assumiu interinamente a presidência do Leão, entre julho de 2015 e janeiro de 2016”, afirmou Cebolão, que é secretário do Confis, explicando que o motivo do pedido de afastamento de Manoel Ribeiro é o mesmo pelo qual André Cavalcante está sendo acusado por Heitor Freitas. “Ele foi presidente durante 6 meses e em nenhum deles prestou contas. Então, é o mesmo motivo”, encerrou.

Manoel Ribeiro assumiu a presidência do Remo de forma interina, já que o presidente e o vice da época, Pedro Minowa e Henrique Custódio, respectivamente, renunciaram ao cargo. Desta forma, Manoel Ribeiro, como presidente do Condel, assumiu o cargo máximo do Leão até as eleições para o “mandato-tampão”, em janeiro deste ano.

[colored_box color=”yellow”]Última reunião do Condel é tranquila

Com os pedidos de afastamento dos presidentes do Conselho Diretor, do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal solicitados, a expectativa era de que a última reunião do Condel nesta gestão “pegasse fogo”. Porém, o clima foi totalmente diferente. O que se viu foi um encontro tranquilo e a documentação nem foi citada.

Manoel Ribeiro, presidente do Condel, afirma que a última reunião deveria ser mesmo neste tom, bem tranquila. “Com era a última reunião, evidentemente era para as pessoas que quisessem fazer uso da palavra, pudessem fazê-la tranquilamente. Por isso, não tinha nenhum expediente que pudesse colocar para fazer algum tipo de polêmica”, afirmou.

De acordo com Manoel Ribeiro, todos esses pedidos de afastamento serão analisados pelo novo presidente do Condel. “Este Conselho continua até sábado (03/12) e o novo presidente fará a leitura de qualquer documento que chegue ainda ao Condel. Esses que já chegaram, ainda nem li, por isso não poderia deliberar sobre eles, mas tenho certeza que o próximo presidente saberá fazer”, encerrou.[/colored_box]

Diário do Pará, 01/12/2016