André Cavalcante
André Cavalcante

Todos os azulinos seguem na expectativa da resposta de Robério D’Oliveira, presidente da Assembleia Geral (AG) do Clube do Remo, quanto ao adiamento ou não das eleições remistas. Porém, os membros da atual diretoria do Leão afirmam que Robério, apesar do cargo, não tem poderes para tomar tal decisão isoladamente. Segundo André Cavalcante, presidente do Clube do Remo e candidato a reeleição pela Chapa 20, o presidente da Assembleia Geral não pode mudar a data da eleição, conforme consta no estatuto do clube.

“Ele (Robério) não tem poder algum para isso. O estatuto é claro e prevê duas situações excepcionais de ações para o presidente da AG, que é convocar a Assembleia Geral e formar a Comissão Eleitoral. Fora isso, ele coordena os trabalhos da AG. Então, não existe essa história de dizer que o presidente da Assembleia Geral é quem vai decidir se tem ou não eleição no dia 12/11. Isso é um absurdo que tem sido reproduzido por algumas pessoas”, afirmou Cavalcante.

O mandatário conta ainda que o objetivo deste discurso de adiamento das eleições tem a intenção de formar uma junta governativa.

“Querem formar uma Junta Governativa com beneméritos e grandes beneméritos. Essa categoria de sócios precisa ser respeitada, tem uma história no clube, tem serviços relevantes, mas a nível estatuário, eles são iguais a qualquer sócio remido ou proprietário. Eles não têm poder, como tem sido apregoado pelo presidente do Conselho Deliberativo (Manoel Ribeiro, candidato a eleição pela Chapa 10), de formar uma Junta Governativa”, encerrou o presidente André Cavalcante.

Com todas essas movimentações pelas bandas do Baenão, os bastidores azulinos prometem se agitar muito mais nos próximos dias e as discussões podem ir parar no Tribunal. Tudo por conta deste provável adiamento das eleições azulinas que, até o momento, estão marcadas para o dia 12/11. Segundo Cavalcante, o pleito não pode ser adiado, mas se for, ele tomará as medidas cabíveis.

“Vamos precisar tomar nossas medidas em defesa do clube. Não só em defesa dos nossos interesses pessoais, mas principalmente em relação aos interesses do clube, porque vai ser maléfico para o Remo nós adiarmos mais ainda estas providências. Precisamos trabalhar o time, pagar jogadores, funcionários. Vão rasgar o estatuto se mudarem a data eleição”, afirmou.

Enquanto isso, a Comissão Eleitoral se reuniu nesta segunda-feira (31/10) para continuar na análise dos documentos enviados pelo Codir. A expectativa é que Robério D’Oliveira, presidente da Assembleia Geral, se pronuncie sobre a situação das eleições ainda esta semana. Segundo informações de bastidores, há grandes chances de a eleição ser adiada, mas é preciso que se aguarde as confirmações do presidente da AG.

Diário do Pará, 01/11/2016