Milton Campos
Milton Campos

A decisão da 13ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8) de aceitar uma proposta de venda da área do Carrossel, pegou os dirigentes do Clube do Remo de surpresa, na manhã desta sexta-feira (23/10).

Os representantes da comissão formada para pagar as dívidas trabalhistas dos azulinos garantem que o acordo firmado entre as partes tem sido cumprido, com o pagamento de aproximadamente R$ 1,5 milhão em cerca de um mês. Os advogados já deram entrada em ações para tentar reverter a situação. Segundo Ângelo Carrascosa, integrante do grupo que esteve pela manhã na sede do TRT8, a decisão foi equivocada.

“Inexplicavelmente, o juiz aceitou uma proposta de compra do Carrossel. Nós já entramos com as medidas processuais cabíveis e estamos aguardando a qualquer momento a reversão desse quadro. Como já existe um recurso, um agravo de petição que ainda não foi analisado, nós vamos tentar com o próprio juízo da execução mostrar o equívoco da decisão e suspender essa proposta que foi aceita”, argumentou o dirigente.

O Remo não sabe de quem partiu a proposta de aquisição do imóvel, por R$ 8 milhões, preço considerado muito abaixo do mercado pelos dirigentes, que também vão alegar o valor como um argumento para reverter a decisão judicial.

“Nos causa uma imensa surpresa negativa, mas o torcedor do Remo pode ficar tranquilo. Vamos usar todos os recursos possíveis para que a instituição possa reverter essa situação. Com toda a clareza, o Remo quer pagar a sua dívida. O patrimônio do clube, assim como o pagamento das dívidas, são prioridades nossas”, ressaltou Milton Campos, que também integra a comissão.

Ainda de acordo com o diretor, o clube tem trabalhado para que em dezembro todos os atletas terminem o ano sem novos débitos. Milton Campos também revela que muitos já receberam o último mês de salário.

“Nós estamos fazendo um esforço de atualizar tudo no Remo para que não surjam novas ações aqui e para que a gente possa ter, ao final deste ano, uma diminuição significativa no valor desse débito. O Remo não é um clube falido e mostrou isso para o Brasil inteiro, que está reconhecendo a força do clube. O Remo está mostrando, acima de tudo, a sua credibilidade sendo resgatada, depositando tudo o que foi acordado com a Justiça e aumentando espontaneamente a sua contribuição com a Justiça. O Remo já demonstrou que quer pagar o que deve”, encerrou.

Portal Arquibancada, 23/10/2015