O Remo experimentou décadas de mesmice. Eram os mesmos “dirigentes” se revezando no poder, com a mesma prática. Plantava-se pepino com a esperança de colher tomate! Até que um dia todos se juntaram para “abraçar” o Baenão em defesa do patrimônio, após da derrubada de um símbolo que só foi reconstruído dois anos depois, por um torcedor.
Agora, sob a presidência da Zeca Pirão, um nome que surgiu ano passado na alta direção, o Remo arregaça o Baenão com obras transformadoras, inimagináveis para um clube que este ano chegou a acumular seis meses de atraso nos salários dos funcionários, antes da renúncia do ex-presidente Sérgio Cabeça.
Zeca Pirão tirou o Remo uma inércia crônica para passos largos de reconstrução. É um presidente que peca por excessos, pelo estilo mandão, às vezes inábil, mas faz acontecer. Está prometendo um time vitorioso para 2014. Esse talvez seja o maior desafio.
Em apenas quatro meses na presidência, Pirão promoveu a abertura do clube para outros novos dirigentes, criou condições favoráveis para o clube ganhar o novo Estatuto, deu foco para as categorias de base e teve como resposta o sucesso do sub-20, campeão do Norte e 8º da Copa do Brasil, organizou o pagamento de salários no Baenão e agora está transformando o estádio. Enquanto isso, faz contatos com propostos patrocinadores para dar suporte financeiro ao futebol em 2014. Depois de tanta inércia, eis o Remo na “era” da atitude!
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 29/10/2013