Carrossel
Carrossel

Sempre que o Remo se vê em meio a uma crise financeira, com os cofres vazios, contas bloqueadas e os credores batendo na porta da Justiça do Trabalho, algum dirigente do clube surge com a ideia de vender algum patrimônio do clube para ajudar quitar estas dívidas.

Foi assim com Raimundo Ribeiro, que negociou a venda da sede campestre de Benfica para pagar dívidas com ex-jogadores, como o atacante Júnior Amorim. Anos depois, Amaro Klautau tentou vender o Baenão com o objetivo de zerar o passivo trabalhista do clube, mas foi impedido pelas ações de um grupo de conselheiros.

Agora é a vez do presidente em exercício do Leão Azul, Zeca Pirão, retomar um antigo projeto do presidente licenciado Sérgio Cabeça: a cessão por comodato da área anexa ao estádio remista (na esquina com a Avenida Almirante Barroso), conhecida popularmente como Carrossel. Para o dirigente, a negociação da área com um grupo empresarial local pode ser a solução para os problemas de caixa do clube.

“Temos uma proposta de comodato da área do Carrossel. Uma empresa paraense tem interesse em utilizar a área por alguns anos e estamos analisando tudo isso, pois o Remo precisa ter receita. Não posso dar mais detalhes para não atrapalhar as negociações”, explicou o mandatário azulino.

O grupo empresarial citado por Zeca Pirão estaria interessado em firmar um contrato de cessão por comodato por um prazo de 15 a 20 anos, pagando logo de início “luvas” de R$ 5 milhões e, posteriormente, um aluguel mensal de R$ 150 mil. Na área seria erguida um moderno centro comercial, que seria explorado pela empresa durante o período de duração do contrato. Após este tempo, porém, o prédio ficaria em definitivo para o clube.

Termos muito semelhantes a estes vêm sendo ventilados Sérgio Cabeça desde 2010, quando assumiu seu primeiro mandato na presidência do Remo. Desde então, porém, o negócio jamais foi concretizado.

O Liberal, 02/07/2013