“É tudo pelo departamento jurídico agora”. Enfim, parece que será essa a nova forma de tratar contratos e dispensas de jogadores no Clube do Remo. Pelo menos foi o que garantiu o diretor Maurício Bororó, na noite de ontem. O diretor fez a afirmativa após ser indagado a respeito da situação do lateral-direito Tiago Cametá. O lateral tem contrato com o Remo até 28/02, mesmo assim assinou um pré-contrato com a Ponte Preta (SP) sem o conhecimento dos diretores azulinos.
“Passamos esse caso para o nosso departamento jurídico. A nossa orientação é passar tudo para o jurídico. Essa é a orientação agora. Somente a partir daí é que vamos saber o que acontecerá”, afirma Maurício Bororó.
Na última segunda-feira, Tiago Cametá esteve reunido com o próprio presidente Sérgio Cabeça para tratar da situação. No entanto, ela é um tanto quanto espinhosa. O jogador estaria pedindo o cancelamento imediato de seu contrato com o clube em troca de não receber o que lhe é de direito, porém, como o atleta pertence ao Remo, Cabeça quer ganhar algo em cima da negociação com a Macaca. Por isso o caso foi encaminhado para o departamento jurídico.
“Tudo o que nosso jurídico conseguir como compensação, iremos querer. O caso do Cametá é complicado. Foi um empresário que o levou para lá (Ponte Preta) sem nos avisar, mas agora é como falei, tudo é com o jurídico”, ressaltou Bororó. Outro funcionário que teve seu nome encaminhado para o mesmo departamento foi Benedito Gamboa, preparador físico. As partes negociam amistosamente os salários atrasados a fim de que o profissional permaneça para a temporada 2013.
A falta de informação sobre contratos foi sempre a principal queixa do antigo vice-presidente jurídico, Ronaldo Passarinho. O advogado e grande Benemérito do Leão passou os últimos meses reclamando que os diretores faziam contratos sem consultá-lo, o que resultava em grandes problemas na Justiça do Trabalho após o fim de uma temporada de fracassos no departamento de futebol. O pedido de Passarinho parece estar sendo ouvido…
Diário do Pará, 19/12/2012
