Destaque do Remo na reta final da Série B, o uruguaio Diego Hernandez eternizou o clube no corpo após a conquista do acesso à elite do futebol brasileiro. O atacante tatuou em sua mão o número 33, o mesmo da camisa que usou na equipe azulina.
O jogador fez a tatuagem ao lado da palavra “predestinado”, também tatuada na mão. O número 33 tem um significado muito importante para os azulinos. Ele representa a quantidade de jogos que o Remo ficou sem perder para o maior rival, Paysandu, na década de 1990, sequência que durou 4 anos, 6 meses e 24 dias, encerrada apenas em 1997. Até hoje, ela é considerada o maior tabu da história dos clássicos.
Além disso, alguns torcedores apontaram nas redes sociais a coincidência de o número ser o nome da padroeira do Uruguai, país de origem de Diego. Nossa Senhora dos Trinta e Três (Virgen de los Treinta y Tres) é uma representação da Virgem Maria, que foi proclamada padroeira do país pelo Papa João XXIII, em 1961. Seu nome se refere aos 33 soldados que juraram lutar pela independência do Uruguai, em 1825, diante de sua imagem.

Diego Hernandez chegou ao Baenão em julho de 2025 e aceitou usar a camisa 33, que no início da temporada foi dada a Felipe Vizeu, que não correspondeu às expectativas e trocou para o número 9, mas acabou deixando o time no decorrer da Série B.
Em sua coletiva de apresentação, o uruguaio disse que sabia da responsabilidade e do peso da numeração, mas que iria aceitar o desafio. A escolha deu certo e o atacante foi um dos destaques da equipe na segunda metade da competição nacional, onde disputou 14 jogos, com 3 gols e 2 assistências.
Hernandez pertence ao Botafogo (RJ) e está emprestado ao Remo até a metade de 2026, mas ainda não está confirmado se ele realmente vai permanecer no time azulino, visto que o clube carioca pode solicitar o retorno do atleta.
O Liberal.com, 30/11/2025


