Guto Ferreira – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
Guto Ferreira – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

Nesta terça-feira (14/10), Remo e Paysandu voltam a se enfrentar no Re-Pa nº 780, sendo o clássico mais jogado do mundo. As equipes chegam em momentos totalmente opostos na Série B do Campeonato Brasileiro, mas com um objetivo em comum – vencer para manter vivos seus sonhos na temporada. Enquanto o Leão mira o acesso à Série A, os bicolores lutam para fugir do rebaixamento à Série C.

Com 48 pontos e embalado por 3 vitórias consecutivas, os azulinos iniciaram a rodada na 7ª colocação, apenas 2 pontos abaixo do G4. Do outro lado, o Paysandu está firme na “lanterna” da competição, com 26 pontos, precisan de uma sequência praticamente perfeita nas rodadas finais para tentar escapar do rebaixamento.

O time comandado por Guto Ferreira tem um dos sistemas defensivos mais eficientes da Série B, com somente 29 gols sofridos, número inferior apenas aos de Coritiba (PR), Novorizontino (SP) e Criciúma (SC), com 20, 27 e 28 gols sofridos, respectivamente.

A consistência é reforçada pela disciplina. O Remo é 5º time com menos faltas cometidas por jogo, com média de 12,5. O Leão também figura entre as equipes que mais interceptam jogadas perigosas, sendo o 3º com mais cortes por partida (31,3).

No ataque, o Remo adota um estilo mais reativo, aproveitando os erros adversários. Isso explica os números mais modestos – é o 3º que menos finaliza (11,4 por jogo), o 3º com menos escanteios (4,4) e o 4º que mais erra cruzamentos (apenas 3,9 certos por jogo). Porém, a equipe tem sido eficiente nas oportunidades criadas, especialmente nas últimas rodadas, quando converteu chances decisivas em vitórias.

O Paysandu vive um cenário bem diferente. Com apenas 5 vitórias em 31 jogos, é o time que menos venceu na competição. O ataque é um dos menos produtivos da Série B, com 26 gols marcados e somente 42 grandes chances criadas, à frente apenas do Volta Redonda (RJ). A posse de bola também é uma das piores. O time bicolor é o 2º com menos posse média (45,1%) e o 3º com pior média de passes certos (260,6 por jogo). O time também tem dificuldades em jogadas individuais, sendo o que menos acerta dribles na competição (5,4 por jogo).

Na defesa, os números também não animam. É o time com menos interceptações (6,8 por jogo) e o 3º com menos jogos sem sofrer gols – apenas em 6 rodadas saiu de campo sem levar pelo menos 1 gol. Apesar disso, a equipe mostra certo equilíbrio nos desarmes e cortes, aparecendo entre as que menos cometem faltas (12,3 de média) e mais interceptam cruzamentos.

O Liberal.com, 14/10/2025

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