Jogo grande, com estádio lotado e a jornada de um ano inteiro em decisão! Para os profissionais, esse duelo entre Remo e Goiás (GO) vale prazer, prestígio, currículo e novas perspectivas na carreira. Para os clubes, vale um salto no mercado, com pelo menos R$ 100 milhões a mais nas finanças e novas possibilidades comerciais na Série A.
É o tipo de jogo que consagra uns e condena outros. Um grande desafio à competência emocional. Afinal, qualquer desatenção pode ser fatal.
Mais do que nunca, a aplicação tática vai exigir concentração e esmero. É um jogo diferente de tudo o que azulinos e goianos experimentaram até agora no campeonato.
Justamente por isso, devem estar reservadas surpresas decisivas em uma tarde tensa no campo, nas arquibancadas, diante da televisão, ao som do rádio ou do celular. Que todos vivam e sobrevivam à aceleração cardíaca. Saúde!
Ética em questão na Série B
É ético um time ser remunerado por terceiros para se esforçar e vencer um jogo protocolar? A questão é discutível, mas sem embaraços.
Se esforçar para vencer sempre será legítimo, como no caso do Paysandu contra o Athletic (MG), a serviço da Ferroviária (SP) e do Botafogo (SP); ou do Cuiabá (MT) e do Atlético (GO), pelos interesses de Remo e Goiás (GO).
O fato é que a “mala branca” vira um recurso nesses momentos de dependência e o futebol torna-se ainda mais emocionante. Para uns e outros, este domingo (23/11) vai ser histórico.
Folclore
Folclore ou não, algumas manifestações em nome do Atlético (GO) são de que o time não deve ajudar o rival Goiás (GO) a subir. Caso empate com o Remo, o adversário azulino vai precisar de uma vitória ou empate do Atlético (GO) contra a Chapecoense (SC), ou de vitória do Cuiabá (MT) sobre o Criciúma (SC). A ética não está em questão, porque nenhuma manifestação do tipo saiu do elenco ou da comissão técnica.
Torcedor que faz apelo para o próprio time perder e até vibra com gol do adversário por ser prejudicial ao seu rival, isso é folclórico!
O que não teria cabimento seria qualquer profissional se comportar assim. Mesmo sem juramento, todo profissional tem – ou deveria ter – compromisso de honra, seja qual for a profissão.
Artilharia
Pedro Rocha lidera a artilharia da Série B com 14 gols. Está ameaçado para a última rodada por Carlão (Ferroviária-SP) e Cléber (Avaí-SC), que estão com 13 gols. Willian Bigode (América-MG) tem 11, Alisson Safira (Cuiabá-MT), Anselmo Ramon (Goiás-GO) e Kevin Ramírez (Amazonas-AM) têm 10 gols, cada.
Crescimento
Klaus atingiu sua melhor performance na fase mais apropriada da temporada. O zagueiro cresceu quando a maioria do time azulino teve queda de rendimento. Foi o caso do lateral-esquerdo Jorge, que teve intensa sequência de jogos pouco tempo depois de ser “desaposentado”. Muito natural!
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 21/11/2025


