Remo 0×0 Cuiabá-MT (Adailton) – Foto: Irene Almeida (Diário do Pará)
Remo 0×0 Cuiabá-MT (Adailton) – Foto: Irene Almeida (Diário do Pará)

“Não se afobe, não, que nada é pra já”, diz a letra sensacional de “Futuros Amantes”, obra-prima de Chico Buarque.

Cabe como luva na situação vivida pelo Remo, que tem pontuação de G4 e faz excelente campanha na Série B, mas sofre com os maus modos da torcida, aborrecida com o empate em casa diante do Cuiabá (MT).

A explosão de fúria de parte do Fenômeno Azul, sábado (05/07), no Mangueirão, chamou atenção diante de tudo que o time já conseguiu neste Brasileirão. Com 24 pontos em 15 rodadas disputadas, o Remo está no mesmo patamar de equipes que tinham essa pontuação no ano passado e conseguiram o acesso à Série A.

É óbvio que são dados sem peso científico. Campeonatos nunca são iguais e é possível que a equipe não alcance o objetivo pretendido, mas os números conspiram a favor!

Cabe observar ainda que a situação segue amplamente favorável ao Remo, que se posiciona entre os melhores times da competição desde as primeiras rodadas.

O espanto de jogadores e comissão técnica com a revolta da torcida é compreensível. O time não teve uma grande atuação diante do Cuiabá (MT), mas o desempenho foi satisfatório no primeiro tempo, quando poderia ter chegado ao gol em 3 oportunidades. O problema é que o rendimento da segunda etapa ficou abaixo da produção azulina habitual.

Durante o segundo tempo, pela primeira vez desde o empate com o Volta Redonda (RJ), o Leão não conseguiu transformar posse de bola e domínio territorial em situações de gol. O goleiro adversário, que foi decisivo na primeira parte do jogo, não foi incomodado em nenhum momento nos 45 minutos finais.

Sem repertório para furar a retranca cuiabana, o Remo agiu como qualquer equipe limitada faria. Ficou cruzando bolas na área à espera de uma falha acidental que levasse ao gol. Não houve iniciativa criativa para romper a marcação. A presença de Felipe Vizeu no ataque não ajudou em nada, apenas aumentou o número de jogadores na área.

António Oliveira não tem tempo a perder na busca de soluções para o dilema criativo. Encontrar um meia habilidoso e articulador é o primeiro passo. Régis poderia ser esse jogador, mas fisicamente não é confiável.

Jaderson é indispensável, mas vive sobrecarregado com outras funções em campo, inclusive defensivas.

Falta um armador para conduzir o time, principalmente em circunstâncias desfavoráveis. Por sorte, a janela de transferências abre nesta quinta-feira (10/07).

Blog do Gerson Nogueira, 08/07/2025

3 COMENTÁRIOS

  1. Temos que ter calma,existe um trabalho que só está começando,e o cara não teve culpa da palhaçada do tal Daniel Paulista conosco.Vamos dar o mínimo de tempo possível para que os resultados venham!

  2. PQP…q reportagem besta!!!, ” espanto da torcida”?, será q esse repórter esqueceu q essa pontuação se dá devido ao trabalho do Treinador anterior??..A torcida não é cega, reclama pq vê a queda de rendimento do time nos últimos jogos, e esfacelamento de um sistema de jogo q tinha sido montado ( com inteligência por sinal ) justamente pq o Remo não tinha ( tem ) um meia armador de criação e não tem uma perfil técnico, além d um preparo físico no máximo razoável e ter sido criado desequilibradamente. Isso tdo devido a mudança desse esquema q estava funcionando e q justamente nks dava pontos de G4….Ao inves de melhorar o esquema, esse jogo treinador q mudar tdo , não respeitando as características do plantel, e aí o rendimento e o desempenho cai, a torcida percebe e logicamente reclama.

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