Fenômeno Azul
Fenômeno Azul

Na gestão de Zeca Pirão, o Remo tinha o compromisso de pagar R$ 120 mil mensais à Justiça do Trabalho. Pirão saiu devendo os últimos 8 meses – R$ 960 mil.

Em janeiro, para evitar que a área do Carrossel fosse leiloada no mês seguinte, o recém-eleito presidente Pedro Minowa assinou novo acordo, se comprometendo a pagar R$ 100 mil por mês – só pagou 2 meses – e entregando 4 parcelas de R$ 240 mil do que o clube receberia da Funtelpa em 2015 e 2016, pelos direitos de transmissão do Parazão – no caso, 60% do crédito futuro.

Além disso, foi estabelecido que o bloqueio de 10% das rendas do Remo em jogos contra o Paysandu e 5% das rendas dos demais jogos. Para os últimos 5 jogos do Leão em Belém e Paragominas, a Justiça impôs bloqueio de 30%, ignorando o acordo anterior, o que implicou em R$ 375 mil repassados a mais pelo Leão Azul, conforme detectou ontem o advogado azulino André Meira ao estudar a documentação anterior à sua entrada no clube.

Meira está apresentando petição ao juiz Jorge Vieira, da 13ª Vara, reivindicando o crédito do valor que excedeu ao compromisso formalizado em janeiro e reforçando o pedido de suspensão da área do Carrossel, reprogramado para 05/09.

[colored_box color=”yellow”]“Chuva de dinheiro” em 15 dias

Somente de 18/04 a 03/05, em 4 jogos, o Remo lucrou nas bilheterias R$ 360 mil nos Re-Pas e R$ 1,21 milhões nos jogos contra Cuiabá (MT) e Independente. Pelo acordo de janeiro, desconsiderado pela Justiça em abril, o clube deveria repassar R$ 96 mil, mas foi obrigado a repassar R$ 471 mil.

A entrada de R$ 1,5 milhões em apenas 15 dias pelas bilheterias provou o potencial do Remo para fazer dinheiro quando a torcida se empolga. A esperança dos azulinos é que a empolgação e a “chuva de dinheiro” se repitam nesta Série D. É a chance que o clube tem de organizar as contas mais urgentes.[/colored_box]

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 23/07/2015