Sem atuar desde a segunda rodada do Campeonato Paraense, o atacante Val Barreto começa a mostrar insatisfação pelo esquecimento a que tem sido relegado pelo técnico Zé Teodoro. As duas vezes em que foi a campo, justo nas duas primeiras derrotas do ano, foram suficientes para colocar o “Valotelli” na geladeira, onde permanece até agora. Quando questionado sobre o motivo, nem o próprio atleta sabe responder.
“O torcedor tem perguntado muito e até agora não sei explicar. Fiz uma boa temporada, estou bem, abaixo do peso, corri bastante para ficar em forma. A gente não sabe, mas tem que acatar ordem, porque é o treinador que escala”, explica Val Barreto, que tem grande afinidade com a torcida, principalmente pelo retrospecto positivo diante do maior rival. Nos cálculos dele, foram 7 gols só em clássico Re-Pa.
A questão hoje é outra. Val não tem chance no time e ainda convive com a expectativa amarga de ganhar mais concorrência. “Já ouvi ‘papo’ de contratar jogador da posição, mas não tive oportunidade de começar jogando, nunca treinei no time titular e isso me deixa um pouco triste, principalmente pelas pessoas que me conhecem. Tenho que me concentrar muito para não deixar cair o meu trabalho”, desabafa.
Apesar disso, o atacante recusou convites do Castanhal e Independente, tudo em nome de um Fenômeno que o conquistou. “Pela torcida, que sempre me apoia e pede a minha permanência. Também tenho um carinho especial. Uma hora as coisas vão acontecer. Não tenho pressa. É ele que monta e escala o time, então pronto”, conclui.
Diário do Pará, 09/03/2015
