Dadá
Dadá

O Remo volta a campo hoje à noite, depois da perda da invencibilidade diante do Paysandu no domingo, 26/01. O adversário é o Gavião, estreante no Parazão e um dos emergentes que ainda não disse a que veio neste primeiro turno. As atenções do jogo se concentram em Charles Guerreiro, sobre os ombros de quem desabaram as maiores broncas da torcida depois do Re-Pa.

Parte dos problemas deve se resolver com uma alteração na maneira de atuar do meio-campo. Athos, cansado de jogar na faixa errada do campo, pediu e Charles o atendeu. Fica de fora até poder ser escalado em sua posição original, organizador da equipe, papel hoje entregue a Eduardo Ramos.

Para o confronto com o Gavião, no Mangueirão, o técnico repete praticamente o mesmo time, com exceção da zaga, onde Carlinho Rech substitui ao contestado Rogélio, suspenso. No meio, a novidade: Dadá entra jogando, ao lado de André, Jhonnatan e Ramos. Athos, atirado à fúria do torcedor ao ser substituído no minuto final do clássico, fica no banco de suplentes.

O ataque se mantém com Leandrão e Thiago Potiguar. Zé Soares e Val Barreto, que apareceram bem contra o Paysandu, devem entrar no decorrer da partida. Ted, meia-armador que se destacou no longo período de treinamento do time no segundo semestre de 2013, está de volta e também é opção no banco.

A partida permitirá ao técnico fazer uma avaliação da nova configuração no meio. Com Athos e Ramos, o Remo conseguia ser criativo e até ousado, mas quase sempre exagerava nos passes. Isso quando o setor não ficava embolado pela presença de dois meias, fato registrado no clássico.

Dadá deve acrescentar dinamismo ao setor, desde que seja liberado para se posicionar mais à frente, acompanhando Ramos, que sempre precisa de um parceiro-escolta por perto. Nesse caso, André e Jhonnatan ficariam mais presos à cobertura da zaga. Charles precisará, porém, organizar o revezamento, pois Jhonnatan e André costumam avançar muito, às vezes ao mesmo tempo, o que fragiliza a marcação.

De toda maneira, a primeira impressão é de que o Remo muda definitivamente sua maneira de jogar com a entrada de Dadá. Se o resultado corresponder à expectativa, o time passará a funcionar como o rival, fechadíssimo no meio e rápido na transição. Mais transpiração, menos riscos. É, por enquanto, o efeito mais visível e prático dos abalos causados pelo revés no Re-Pa.

Blog do Gerson Nogueira, 29/01/2014