Klaus – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
Klaus – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

A arrancada do Remo rumo ao acesso à Série A começou em meio à desconfiança. Restando 10 rodadas para o fim da Série B, o time era apenas o 12º colocado e o fantasma de fracassos passados começava a “assombrar” os torcedores.

Dentro do elenco, porém, nomes como o zagueiro Klaus mantiveram a confiança e viram a equipe reencontrar as vitórias que recolocaram o clube na disputa, até a vitória sobre o Goiás (GO) sacramentar o retorno do time paraense à elite nacional depois de 31 anos.

“Me disseram aqui em Belém: ‘Para o Remo, as coisas não são fáceis. Se fosse fácil, não seria o Remo’. Conseguimos a virada, os outros resultados vieram e hoje estamos comemorando o objetivo”, disse.

“Aqui em Belém, muita gente lembrava de anos anteriores, quando o clube chegou perto da reta final e não conseguiu somar os poucos pontos que faltavam. Isso criou um clima de insegurança entre os torcedores naquele momento, mas acreditávamos no nosso potencial, no grupo. Faltava só reencontrar o caminho das vitórias e foi o que aconteceu”, recordou.

O ano de 2025 não foi especial apenas para o Clube do Remo, mas também para Klaus. Em sua temporada de estreia na equipe, ele foi capitão na campanha do acesso e, de quebra, ainda alcançou o maior número de partidas disputadas em toda a carreira.

“Pela questão de confiança, por entrar em campo confiante do que fazer, confiante do meu potencial, eu e o (Pedro) Rocha fomos os que mais atuaram na temporada no Remo e eu acho que isso mostra o quão importante foi esse trabalho, essa minha dedicação para esse acesso”, afirmou.

“Acho que o grande momento de virada de chave para a gente foi em Cuiabá (MT). Era um jogo dificílimo, com os dois na iminência de entrar no G4 e nossos últimos jogos eram todos confrontos diretos. A gente entrava dizendo: ‘Vamos para a guerra, esse é o jogo da nossa vida’. Naquele jogo, a gente disse: ‘Agora ninguém tira mais da gente’, e conquistamos esse objetivo”, contou.

“Em outubro, teve o Círio de Nazaré aqui e participei entrando com a imagem da Santa em um jogo. Foi um momento muito marcante para mim. Naquela semana, muitos torcedores vieram falar: ‘Quando tu entrou com a Santa em campo, choramos em casa’. Foi um momento muito marcante, um momento de fé, de devoção desse povo, e também unindo o futebol”, comentou.

“Agora, no domingo (23/11), quando a gente entrou em campo, teve o mosaico com Nossa Senhora. A gente sente toda a pressão do jogo, do acesso, mas também esse clima de fé, de todo mundo acreditar. É muito marcante. Minha família e eu somos católicos, minha avó até me mandou um áudio dizendo que foi muito bonita a questão da Santa. Vou levar isso para a vida toda”, revelou Klaus.

O zagueiro foi questionado se o Remo pode repetir o feito do Mirassol (SP) em 2026, referindo-se ao clube paulista que faz excelente campanha em seu primeiro ano na Série A.

“A gente tem que sonhar alto. O Mirassol (SP) mostra como um clube bem estruturado consegue atingir grandes objetivos e foi isso que aconteceu aqui também. Ano passado, o Remo vinha da Série C para a Série B e esse foi o projeto que me apresentaram – um clube em crescimento, que almejava coisas grandes. Estamos comemorando isso agora. Acho que ano que vem é a mesma coisa, o Clube do Remo tem que sonhar alto! Com a torcida que tem, com toda essa paixão, o clube pode buscar grandes coisas. É se estruturar, planejar, fazer o dever de casa agora nesse período de pausa e sonhar alto para alcançar coisas grandes no próximo ano”, falou.

Klaus ainda não sabe se permanecerá no Remo em 2026, mas deixou as portas abertas para conversas nesse sentido.

“Ainda está muito corrido, até porque até os 30 minutos do segundo tempo (contra os goianos) a gente não tinha garantido nada. Não sabíamos se iríamos estar na Série A ou na Série B. Então acho compreensível que não tenha sido aberta nenhuma conversação, mas fui muito bem recebido aqui em Belém, pelo torcedor do Clube do Remo. Gostei muito daqui, tive bons números, fiz uma ótima temporada. Acho que isso vai ser levado em consideração também. Agora mereço um pouquinho de descanso, de férias. A partir dessa semana, meu staff vai conversar com o pessoal do clube. Vamos ouvir todas as partes e a gente vê o que vai acontecer em 2026”, encerrou.

365 Scores, 25/11/2025

2 COMENTÁRIOS

  1. Só um comentario: Vcs sabem quem vamos ter q aturar no Remo em 2016???..PASMEN…..Pedro Castro….Acho q o mesmo dirigente “inteligente” q fez o contrato do Pavani e Ytalo ano passado, fez o do Castro esse ano e botou a cláusula de renovação automática se subissem de divisão…e é claro, q o Vastro acionou a cláusula. Ou seja, mais um ano passando raiva!!!!!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor informe seu comentário!
Por favor informe seu nome aqui