António Oliveira – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
António Oliveira – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

No atual modelo da Série B, em pontos corridos, com todos contra todos em jogos de ida e volta, os especialistas projetam o acesso à Série A com 62 pontos, que correspondem a 54% de aproveitamento.

Pois bem! É esse o aproveitamento do Remo e do Avaí (SC) até agora, com 24 pontos em 15 rodadas. O clube catarinense está em 4º e o azulino em 5º lugar, pela vantagem no saldo de gols.

Buscando a entrada no G4 e, ao mesmo tempo, correndo risco de perder posições, o Remo faz jogo importantíssimo contra a Chapecoense (SC), neste domingo (13/07), em Chapecó (SC). Claro que o Leão tem potencial para vencer, mas para isso terá que jogar em um nível acima do que vem rendendo – ou contar com uma noite infeliz do adversário.

O jogo testa o trabalho de António Oliveira na reconfiguração do time remista, agora devendo contar com o talento do volante colombiano Victor Cantillo, como nova esperança de melhor qualificação.

Nunca foi tão caro

Entre salários, impostos, custos gerais de manutenção e investimentos, o Remo está “custando” em torno de R$ 80 milhões por ano. O clube nunca foi tão caro e, ao mesmo tempo, tão capaz financeiramente.

Óbvio que os números das finanças são guardados em sigilo, mas é importante observar esse crescimento. Pena que ainda não traduzam essa pujança em campo. Atualmente, o Remo funciona com a perspectiva de um grande salto nos faturamentos em caso de acesso à Série A. Até novembro, grandes jornadas desafiam os azulinos nos seus objetivos!

Média

No jogo contra o Cuiabá (MT), a média de público do Remo na Série B caiu de 23.131 para 22.457 pagantes por jogo. Mesmo assim, o Leão segue liderando o ranking. O segundo é o Coritiba (PR), com 20.044. Nas 2 próximas quintas-feiras, o Leão vai jogar em Belém contra Novorizontino (SP) e Avaí (SC), fechando os seus mandos do “primeiro turno”.

Renda

Até a primeira década deste século, nossos clubes eram diretamente dependentes da bilheteria, que agora é 3ª ou 4ª fonte de renda. Acima, estão os patrocínios, as cotas de direitos de televisão e, em alguns períodos, até o programa sócio-torcedor.

Nesta Série B, conforme os dados oficiais publicados pela CBF, o Remo está com renda líquida em torno de R$ 4 milhões, em 3 meses de campeonato. A fase está boa também para venda de camisas!

Calor

A vida dos visitantes vai ficar mais difícil em Belém com a chegada do calorão, mesmo em jogos noturnos. É que a alta umidade do ar implica em muita transpiração e perda de energia, principalmente nos jogos à tarde. Ruim para quem está adaptado, mas muito pior para os visitantes.

Copa Verde

Passados 2 meses do encerramento da Copa Verde, não se falou mais na tal reforma da competição regional. A promessa era da gestão anterior da CBF, mas a chegada de um presidente roraimense reforçou a expectativa. Aparentemente, o assunto esfriou. Pelo calendário da CBF, faltam 7 meses para a próxima edição.

Para a COP-30, em Belém, faltam 4 meses, sem sinalização da CBF de qualquer contribuição para o futebol, que poderia ter seu painel com apresentação de práticas e projetos de novas ações ambientais. Omissão vergonhosa da entidade nacional e filiados.

O mundo teria motivo para aplaudir o efeito educativo da Copa Verde “Carbono Zero”, na COP-30, não fosse a estúpida decisão do ex-presidente Ednaldo Rodrigues, que aboliu o conceito e as práticas de sustentabilidade, ainda em 2022. A Copa Verde foi verdadeiramente “verde” por apenas 6 anos, desde 2016, depois de 2 edições sem qualquer característica ecológica.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 13/07/2025

1 COMENTÁRIO

  1. Precisamos ganhar fora e fazer o dever de casa aqui,coisa que não estamos mais fa,endo(volta,mucura,cuiaba).Precisamos pontuar e vencer fora para compensar as perdas que cotei a pouco.

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