Minutos depois do empate entre Remo e Chapecoense (SC), no domingo (02/11), no Baenão, o técnico Guto Ferreira avisou – o foco continua na conquista do acesso e a frustração pelo gol no minuto final não anula o trabalho feito até agora.
Falou pouco, de forma macia, mas o recado foi certeiro – o resultado realinha as perspectivas, mas o Remo continua com excelentes chances de subir à Série A em 2026.
Os números respaldam a posição de Guto Ferreira. Invicto há 7 partidas, agora com 6 vitórias e 1 empate, o Remo se mantém como um dos destaques do campeonato. O desempenho diante da equipe catarinense foi satisfatório, com o controle das ações no primeiro tempo e um gol típico da fase atual do time, com movimentação rápida pelos lados e infiltração na área para um finalizador improvável – Caio Vinícius vem se especializando nesse papel!
Foi assim diante nos jogos contra CRB (AL), Athletico (PR), Athletic (MG) e Chapecoense (SC). Não é, portanto, produto do acaso. É resultado de treinamento, insistência, repetição e erro. Pena que o volante “artilheiro” estará fora do decisivo jogo contra o Novorizontino (SP), no sábado (08/11), por suspensão.
Um outro aspecto endossa as palavras confiantes de Guto. Há 7 rodadas, o Remo joga em rotação alta, empenho absoluto e intensidade máxima jogando dentro ou fora de casa. Uma grande evolução em relação ao time de António Oliveira, que terminava os jogos em estado de desgaste acentuado.
Na Série B, as vitórias têm muito a ver com a imposição física. Características de um campeonato que exige muito do condicionamento e do equilíbrio das equipes.
Os melhores nesses quesitos acabam se distanciando dos medianos. No momento, somente Coritiba (PR), Chapecoense (SC), Remo, Athletico (PR) e Novorizontino (SP) ostentam essas virtudes.
Times que vinham embalados no começo do campeonato perderam força com o avanço das rodadas. Goiás (GO), Criciúma (SC), Cuiabá (MT) e Atlético (GO) se desatrelaram do pelotão de cima, com poucas chances de reabilitação, até porque não há muito tempo, pois restam apenas 3 rodadas.
No sábado (01/11), o Goiás (GO) enfrentou o Athletico (PR) e foi derrotado em casa. Um resultado que mudou as possibilidades goianas e evidenciou as fragilidades de elenco e déficit físico, principalmente no segundo tempo. O Goiás (GO) vem perdendo rendimento há várias rodadas, igual ao Remo de Oliveira.
Nesta fase de afunilamento, quando detalhes fazem muita diferença, pode-se dizer que o Remo cresceu fisicamente quando alguns de seus adversários diretos apresentaram queda acentuada de condicionamento. É um ponto que justifica o otimismo de Guto Ferreira e que deve servir de alento para a torcida, que ainda assimila o empate sofrido no apagar das luzes.
Blog do Gerson Nogueira, 04/11/2025


