Panagiotis Tachtsidis – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
Panagiotis Tachtsidis – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

Em Belém há cerca de 2 meses, o meia grego Panagiotis Tachtsidis foi, de longe, a contratação mais peculiar da temporada azulina. Com passagens por grandes clubes europeus e pertencente ao elenco da Seleção da Grécia que esteve na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, embora não tenha entrado em campo, ele demorou um pouco para engrenar, mas conseguiu virar titular e vem na equipe de cima há 4 rodadas – porém, nesse período, ele não conseguiu terminar nenhum jogo.

O jogador garante que, fisicamente, está bem, mas que entendeu as escolhas de Guto Ferreira em substituí-lo por causa da intensidade da equipe remista.

“Me sinto muito bem, meu corpo está bem, mas quando você joga por 70 minutos pressionando, pressionando e pressionando, precisa de mais gente para continuar pressionando. Então, para mim, acho que é uma boa tática essa mudança que ele faz. Estou feliz com isso, mas fisicamente estou bem e posso jogar por 90 minutos”, disse.

O meia azulino ainda não balançou as redes, mas deu a assistência para o 1º gol de Pedro Rocha na última rodada. Ele reconheceu que sempre procurou mais os passes, mas que vem tentando chutes de média e longa distância.

“Sempre, na minha carreira, gostei mais de fazer assistências e quase não chutava em gol. Foi meu maior problema na carreira, porque gostava mais de fazer assistências para os meus companheiros para os gols, mas agora tento arriscar mais de média e longa distância, porque consegui alguns gols assim antes”, comentou.

Panagiotis garantiu que o Remo pensa jogo a jogo em busca do acesso à Série A em 2026.

“Temos que pensar em vencer esse jogo e depois ver o que está acontecendo nos outros jogos. Você vê que é um tempo muito curto. São 5 equipes que lutam pela promoção. É melhor pensar em jogo por jogo, porque se pensarmos que podemos perder e ganhar o outro, é um grande problema para nós, que não vamos chegar assim à primeira divisão. Agora é o Cuiabá (MT) e vamos tentar vencer esse jogo, vamos seguir a mesma linha como nos últimos 5 jogos”, afirmou.

O grego contou que alguns fatores influenciaram em sua adaptação ao futebol brasileiro e à cidade, sendo alguns mais difíceis que outros, mas que atualmente se sente bem e pronto para render mais ainda.

“Não foi fácil para mim, porque aqui faz muito calor. Vim de um momento em que não vinha treinando muito tempo, então preciso trabalhar mais para chegar ao meu nível, porque até agora não estou no meu nível. Posso melhorar para jogar futebol. Fisicamente, estou bem, mas para jogar futebol posso melhorar mais”, apontou.

“Felizmente, tenho um grupo muito bom aqui no Remo, muitos bons jogadores, e eles me ajudaram, é como uma família. É mais fácil para me adaptar aqui”, completou Panagiotis.

O jogador europeu lembrou que, ao chegar no Brasil, teve que se adaptar a uma cultura diferente, assim como aos torcedores também.

“A forma como eles vivem sobre o futebol é diferente aqui. Vejo isso em alguns times, grandes times como aqui, no futebol brasileiro. Estou muito feliz porque isso dá mais poder, mais energia para lutar por este time, para fazer as pessoas felizes e para ver como elas vivem esta atmosfera”, falou.

Sobre a rotina em Belém, Panagiotis admitiu que ainda conhece pouca coisa da cidade, o que pretende fazer assim que o Remo chegar aos seus objetivos.

“Sou um cara que prefiro ir do treinamento para casa. Não vou muito para outros lugares, não vou muito para fora. Sou muito profissional, minha comida é controlada, meu sono. Até agora, não vi nada. Prefiro que quando terminar o campeonato, tudo vá bem. Depois de 2 ou 3 dias, vou ver a cidade”, encerrou.

Diário do Pará, 23/10/2025

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