Após o apito final que confirmou o acesso do Remo, milhares de torcedores invadiram o gramado do Mangueirão para uma festa apoteótica. No centro da celebração, o técnico Guto Ferreira foi um dos mais procurados e reverenciados.
Sob seu comando, o Leão superou todas as expectativas e coroou a campanha com uma conquista espetacular, garantindo a vaga na Série A de 2026!
Depois de ser abraçado incontáveis vezes, o treinador respirou fundo, recompôs-se e seguiu para a sala de imprensa. Lá, falou sobre a caminhada, as dificuldades e a força coletiva que sustentou o elenco ao longo da Série B – um trabalho que, segundo ele, teve como pilar também o executivo de futebol Marcos Braz.
“Guto foi só uma peça. A força da engrenagem veio de muita gente por trás e essas pessoas são essenciais. Cada um tem sua responsabilidade nessa construção. Se a ficha caiu? Acho que não. Vai demorar. É difícil, vocês não têm noção. Fiquei profundamente emocionado na chegada (ao estádio), com aquele mundo azul, aquela invasão azul”, afirmou.
Guto agradeceu a todos que o apoiaram e destacou que a conquista é fruto de quem acreditou até o último minuto.
“Divido esse ‘obrigado’. Fui só uma peça da engrenagem. O foco dos jogadores foi diferente. Agradeço ao (executivo Marcos) Braz por tudo o que fizemos juntos aqui dentro. É um cara excepcional, experiente. Isso foi fundamental, trouxe confiança. A diretoria, a presidência, o staff, todos eles são os grandes responsáveis por essa conquista”, comentou.
Ao comentar o jogo, o treinador admitiu o susto inicial, quando o Goiás (GO) abriu o placar, mas revelou que, ainda assim, tinha convicção na virada – e até acertou o placar final, que começou a tomar forma com o gol de empate do artilheiro Pedro Rocha, que marcou seu 15º gol na Série B.
“Tivemos uma infelicidade no começo, um erro de posicionamento, mas por incrível que pareça, algo dentro de mim dizia que o jogo não acabava ali, que a gente ia virar. O mais curioso é que o resultado que imaginei foi exatamente 3 a 1”, disse o técnico, destacando a postura da equipe no momento decisivo.
“A força dos jogadores, se posicionando, se entregando, não deixando nada de ruim acontecer. O principal é que, mesmo depois do gol, não nos entregamos. Não baixamos a cabeça. O gol do Pedro Rocha foi importantíssimo, no apagar das luzes. Foi crucial!”, apontou.
Guto Ferreira foi contratado no fim de setembro, quando o Remo vivia uma fase turbulenta sob o comando do português António Oliveira e flertava com o rebaixamento. A chegada do treinador mudou o ambiente – o Remo embalou uma sequência histórica de 6 vitórias seguidas. No total, sob seu comando, foram 10 jogos, com 7 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota.
Um dos pontos levantados por ele para explicar a virada foi o respeito à cultura local e à identidade do clube – algo que, segundo o próprio Guto, foi essencial para a conexão com o elenco e com a torcida.
“Aqui, aprendi muita coisa. A gente vai aprendendo na marra. Sou um cara de fé, mas o que vi aqui no Pará supera tudo. É algo muito poderoso. Não sei dizer se o Círio é que gera essa força ou se essa força é que gera o Círio, mas ela está dentro do povo paraense, que jamais se entrega, principalmente dentro de casa. Se você não entende isso, não tem como liderar aquilo que desconhece e não valoriza”, declarou.
Antes de sua chegada, o Remo vinha de derrota para o Volta Redonda (RJ) e o clima era de crise. Com Guto, a equipe reencontrou o caminho e viveu uma arrancada memorável, celebrada pelos torcedores que acompanharam a campanha.
“O que mudei no grupo? Fiz eles entenderem que precisavam entregar mais e que jogaria quem estivesse realmente pensando no amanhã. Aos poucos, todo mundo foi entendendo e todos puderam ajudar. O resto foi circunstância normal de trabalho”, explicou.
Para o treinador, a base da conquista foi coletiva.
“Não importa quanto tempo o jogador trabalhou comigo, quantos jogos fez. Agradeço a cada um que esteve ao meu lado. Eles são os grandes responsáveis. Tenho certeza de que estão muito felizes por entregar esse resultado ao torcedor do Remo”, completou, antes de tomar um banho rápido e cair na festa com o elenco.
Por fim, Guto ressaltou a força emocional que carregou o grupo até o fim da competição.
“Você pode vacilar em algum momento. Quando isso aconteceu, tivemos respaldo e seguimos trabalhando. Sobre a força do grupo, nunca neguei. Essa energia externa, essa crença até o último instante, já falei disso. A força do paraense, essa fé gigantesca, que hoje apareceu mais uma vez, isso deu segurança e confiança ao atleta para não se entregar, para entender que até o último minuto era preciso acreditar e dar o melhor”, encerrou.
O Liberal.com, 23/11/2025



O treinador Guto Ferreira é um grande comandante. Os jogadores foram guerreiros, honraram o manto sagrado azulino.
O Fenômeno Azul é espetacular!
Nunca deixei de acreditar no meu Leão Azul. Torci, chorei e sorri, rezei a cada partida e intensamente no jogo do acesso.
Obrigado à minha mãezinha por nos ter conduzido à paixão pelo Clube do Remo, a nossa família está muito feliz, quanto orgulho!
Gratidão à bondosa e milagrosa Nossa Senhora de Nazaré pela intercessão no acesso do querido Clube do Remo!
Classificação típica do Remo, da região Norte….entrando com a Santa, misturando emoção, fé e suor de trabalho árduo com vontade. Vitória Maiuscula, Classificação maiuscula, Sentimento Maiusculo pelo LEAO…maior do Norte!!!!
Guto antes de tudo é um grande líder, humilde, sereno, senhor da situação e entende muito de futebol. Ganhou o elenco ao mostrar que todos são importantes. O grupo de diretores foram assertivas e deram apoio incondicional ao diretor de esportes. O Leão mereceu sua vaga, desde o início mostrou o que queria e foi coroado alcançando o tão sonhado acesso.