Como todos dizem, acesso à Série A dá muito mais visibilidade, prestígio, dinheiro e possibilidades comerciais. No caso do Remo, daria também a consolidação de novos comportamentos implantados pelo executivo Marcos Braz e seus assessores de gestão Cadu Furtado e Daniel Dambrós.
Além de completar a melhora das instalações no Baenão, iniciada na gestão de Sérgio Papellin, Marcos Braz promoveu avanço na postura de funcionários, no que diz respeito a horários e produtividade. Conduta profissional!
Há regras e cobranças para todos no futebol remista. O reflexo foi para o campo, na gestão do técnico Guto Ferreira. O acesso, se confirmado, consolida os avanços!
Mesmo que não venha, porém, a boa campanha é confirmação de caminho certo. O que vemos hoje no futebol é um Remo em linha profissional dentro e fora de campo.
Adversários
A derrota em casa da Chapecoense (SC) para o America (MG) foi um baita resultado para o Remo, no encerramento da 36ª rodada. O Leão segue na 3ª posição da Série B, 1 ponto acima da própria Chapecoense (SC), do Criciúma (SC) e do Goiás (SC), e 2 acima do Novorizontino (SP).
No outro jogo, o Botafogo (SP) venceu o Amazonas (AM), em Ribeirão Preto (SP), resultado que rebaixou o Volta Redonda (RJ).
Até a rodada passada, o Avaí (SC) era um time com remotas chances de acesso. Agora o próximo adversário do Remo poderia ser mero “cumpridor de tabela”, mas acena como fiel da balança.
Na prática comum dos “porões do futebol”, expressão usada por Guto Ferreira, o Avaí (SC) deverá receber estímulos financeiros de concorrentes ao acesso para atrapalhar o Leão no sábado (15/11). O time catarinense não perde há 6 rodadas na Série B, com 3 vitórias e 3 empates na gestão do técnico Vinícius Bergantim, que só perdeu os seus 2 primeiros jogos, para CRB (AL) e Coritiba (PR).
Do lado azulino, Guto Ferreira está invicto no Remo com 6 vitórias e 2 empates nos 8 jogos que já comandou o Leão na Série B.
COP-30
O Remo está apresentando suas ações sócio-ambientais dentro dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, trabalho liderado por Renato Medeiros, titular da Diretoria de Sustentabilidade do clube azulino.
São ações relevantes que tiram o Leão da omissão, mas não chamam a atenção da mídia internacional nesta COP-30. É aí que está a perda da oportunidade!
O Remo teve em mãos um projeto de ações televisivas, que se imporiam como pautas para a imprensa e o projetaria como protagonista da Amazônia para o mundo como clube engajado nas causas do meio-ambiente. A miopia e o comodismo prevaleceram.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 11/11/2025


