No dia 12/04/1992, o Clube do Remo conquistou seu último acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro, quando venceu o Itaperuna (RJ), por 2 a 1, no estádio Caio Martins, em Niterói (RJ). Lamartine e Formiga marcaram para a equipe azulina, com Índio descontando para o time fluminense.
A equipe base daquela campanha tinha Paulo Victor no gol; Marcelo, Belterra, Silvano e Luís Carlos na defesa; Agnaldo, Alencar e Artur Oliveira no meio-campo; Formiga, Luciano Viana e Lamartine no ataque. O time era comandado pelo técnico Waldemar Carabina.
Na volta da delegação para Belém, os atletas foram recepcionados por uma multidão no aeroporto de Val-de-Cans.
O Remo disputou 26 jogos até o acesso, com 12 vitórias, 6 empates e 8 derrotas, marcando 40 gols e sofrendo 25, firmando-se como o melhor ataque da competição. O artilheiro da equipe foi Formiga, com 9 gols feitos. O Leão ficou na 5ª colocação, com o Paraná (PR) sendo o campeão daquele ano. O time azulino ficou na elite nacional por 2 anos, sendo rebaixado em 1994.
Um dos símbolos daquela conquista foi o meia-atacante Artur Oliveira, indiscutivelmente um dos melhores jogadores do Remo dos últimos 40 anos. Do Baenão, ele seguiu para Portugal, onde ficou 4 temporadas no Boavista e 3 no Porto, onde disputou 3 edições da Champions League e foi tricampeão português. Atualmente, Artur é treinador e revelou que a torcida tem sido intensa pelo acesso do Remo.
“Se pudesse, jogaria para ajudar a colocar meu time do coração na Série A novamente. Acredito que o grande objetivo da diretoria era a permanência na Série B, mas estou acreditando muito que vamos subir. A combinação de resultados é dificil para o Remo, mas acredito que os deuses do futebol estarão do nosso lado neste domingo (23/11)”, disse.
“A torcida vai fazer a parte dela, até porque os ingressos se esgotaram rapidamente. Acredito que os jogadores vão fazer a parte deles dentro de campo. Temos um grande treinador que nos deu essa possibilidade de acesso”, completou o “Rei Artur”, brincando sobre o que mudaria no time atual em relação ao de 31 anos atrás.
“Falta um 10 e um 9 que tínhamos naquele time de 1992. Se nosso excelente treinador Guto Ferreira tivesse um Artur e um Luciano Viana, o acesso era certo! E outra, se o Guto tivesse chegado mais cedo, estaríamos brigando pelo título”, completou.
Diário do Pará, 23/11/2025


