António Oliveira – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
António Oliveira – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

Às vésperas do confronto com o Criciúma (SC), que pode vir a assegurar o retorno azulino ao G4 da Série B, o Remo mostra disposição para se reforçar ainda mais neste returno da competição. Esta semana, o Leão anunciou o meia-atacante Yago Ferreira, formado nas divisões de base do Fluminense (RJ) – como o volante Freitas e o zagueiro Kayky – e acertou a contratação do atacante português João Pedro.

É possível que o clube ainda anuncie um meia de criação, função até hoje não suprida, já que os armadores disponíveis no Baenão – Régis e Dodô – não suprem as necessidades do time. Régis não consegue jogar por 90 minutos e Dodô não se estabeleceu como titular ou mesmo como alternativa.

As movimentações para fortalecer o elenco coincidem com um momento de dúvidas quanto às possibilidades de brigar pelo acesso. O que já foi uma esperança real da torcida é agora uma incerteza. Os vários tropeços dentro de casa enfraqueceram o clima de otimismo antes reinante.

O Remo segue bem posicionado, na 6ª posição, com 35 pontos, mas o comportamento do time não passa mais confiança à torcida. Boa parte desse ceticismo tem a ver com o comando técnico. O português António Oliveira é contestado pela maioria dos torcedores em função do mau desempenho da equipe, frequentemente submetida ao domínio e à pressão dos adversários.

Todas as partidas disputadas sob o comando de Oliveira mostraram um time frágil no desenvolvimento de jogo no meio-campo, sem criatividade e força para se impor tecnicamente a times limitados, como Botafogo (SP) e Ferroviária (SP).

Para aumentar a desconfiança, o ataque desperdiça muitas oportunidades, denotando falhas graves de fundamentos. Até o artilheiro Pedro Rocha tem sido alvo de críticas a esse respeito. Matheus Davó, utilizado no comando do ataque, também peca pela ineficiência.

João Pedro, 28 anos, é a nova esperança de gols. Traz boa experiência internacional, com passagens por clubes da Grécia, Turquia e Portugal, para se tornar opção para disputar a função de centroavante com Davó e Eduardo Melo. É mais um gesto da diretoria no sentido de fortalecer o elenco.

A conta simples para subir é outro ponto a aumentar as cismas da torcida. Atualmente, são necessários 63 pontos para assegurar matematicamente a passagem à Série A. Por esse cálculo, o Leão precisará somar 28 pontos nos 15 jogos restantes – seriam mais 9 vitórias e 1 empate. Vencer passa a ser obrigação dentro e fora de casa, a fim de manter de pé o projeto de acesso.

Blog do Gerson Nogueira, 27/08/2025

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