Os números já não permitem projeções otimistas. Em 11 jogos, o Remo precisa de 24 pontos, no mínimo, para conquistar o acesso. Não é impossível, mas é improvável, levando em conta o futebol inconstante que o time pratica neste segundo turno. A derrota frente ao Atlético (GO), no sábado (20/09), fez muitos azulinos “enrolarem a bandeira”.
A demissão – tardia – do técnico António Oliveira é um alento, mas não garante uma recuperação capaz de levar à soma de pontos necessária. O campeonato afunilou de vez e todo jogo é uma decisão, pois quem está embaixo luta para não cair e, do 10º lugar para cima, todos ainda alimentam esperanças de subir.
O pífio desempenho contra o time goiano retratou bem a fraca trajetória sob o comando de Oliveira. Foram 4 derrotas em casa e uma terrível incapacidade de se impor como mandante!
As constantes mudanças na escalação evidenciaram mais indecisão do que experimentação, sempre com resultados aquém do esperado. António Oliveira, mesmo na face mais positiva de sua passagem de 3 meses pelo Remo, não conseguiu passar confiança para o torcedor. Sai invicto em 7 jogos como visitante, mas sempre com atuações tecnicamente fracas.
A torcida, como sempre, costuma ter um faro para o potencial de técnicos e jogadores. Quando cisma com alguém, as coisas dificilmente se encaixam. Oliveira foi um caso clássico de rejeição à primeira vista. Com passagens ruins por Corinthians (SP) e Sport (PE), sua contratação sempre foi vista como temerária – e cara.
O torcedor, no fim das contas, estava certo!
Blog do Gerson Nogueira, 22/09/2025