Após a derrota por 1 a 0 para o Atlético (GO), neste sábado (20/09), no Baenão, pela 27ª rodada da Série B, o técnico António Oliveira concedeu entrevista coletiva e reconheceu que os jogos em casa têm sido o “calcanhar de Aquiles” do Remo nesta Série B.
O português, que completou 3 meses no comando da equipe, destacou que o time tem mostrado empenho, mas ainda não conseguiu traduzir isso em resultados diante de sua própria torcida.
O técnico remista avaliou que o Leão entrou de forma apática nos primeiros minutos e só reagiu após sofrer o gol. Para ele, a equipe até criou boas chances, citando oportunidades de Marrony e Sávio, mas pecou na finalização.
“Infelizmente, não conseguimos marcar. O adversário baixou as linhas, explorou transições e foi eficaz”, afirmou o treinador, ressaltando que buscou corrigir ajustes táticos no intervalo.
A campanha azulina sob o comando de Oliveira soma 4 vitórias, 7 empates e 4 derrotas. Ele admitiu que esse desempenho pesa na briga pelo acesso, mas frisou que ainda há 11 jogos a disputar, com 33 pontos em jogo.
“Nada está perdido. Temos capacidade para reagir e seguir em busca dos nossos objetivos”, disse.
Sobre o trabalho tático, o treinador defendeu que a equipe apresenta organização e entrega, mas lembrou que o processo de reconstrução tem sido marcado por muitas mudanças. Desde sua chegada, 14 jogadores foram integrados ao elenco, o que, segundo ele, exige tempo para adaptação.
“Não é linear. Quando colocamos peças novas, o sistema se ajusta de forma diferente. É um trabalho que vai além dos resultados semanais”, explicou.
Questionado sobre as críticas da torcida e os protestos ouvidos nas arquibancadas, António Oliveira disse compreender a reação, mas minimizou os xingamentos.
“Isso faz parte do futebol. Até treinadores mais vitoriosos do Brasil já passaram por isso. O torcedor quer vitória e respeitamos essa emoção. Cabe a nós trabalhar para reverter”, destacou.
O treinador também comentou a substituição de Sávio no intervalo, explicando que o jogador sentiu incômodo físico e será reavaliado pelo Departamento Médico. Ele considerou a saída como um fator que comprometeu a amplitude ofensiva da equipe, sobretudo pelo lado esquerdo, onde o Remo teve dificuldades de criação.
Por fim, António reforçou que não faltará empenho ao grupo e pediu equilíbrio na análise.
“Entendo a emoção da derrota, mas sei que tenho um elenco comprometido, que luta e acredita. Vamos continuar unidos para buscar os pontos necessários e manter o Remo vivo na disputa pelo acesso”, concluiu.
O Liberal.com, 20/09/2025