Em 10 jogos com a camisa do Remo, o meia-atacante Diego Hernandez marcou 2 vezes, mas se notabilizou com o 2º gol, que deu a vitória no clássico contra o Paysandu e ajudou o time a se aproximar novamente do G4 da Série B.
Ainda em êxtase com o feito, o jogador não escondeu a alegria com o momento positivo vivido por ele e pelos companheiros. O placar de 3 a 2 representou a 4ª vitória seguida, todas sob o comando do técnico Guto Ferreira.
“Estou muito feliz pelo gol e pelo resultado, mas não adianta nada comemorar agora, porque ainda faltam 6 jogos, 6 decisões para chegar ao acesso, que é o objetivo do clube”, disse.
A precaução do atleta é pertinente. Embora tenha subido na tabela, com chances de chegar até a vice-liderança nesta próxima rodada, dependendo dos demais resultados, o Remo tem vários adversários diretos na briga por uma vaga no G4 e precisa torcer por tropeços dos concorrentes acima – principalmente Chapecoense (SC), Goiás (GO), Novorizontino (SP) e Criciúma (SC).
“O mais importante foi que a equipe conseguiu somar 4 vitórias consecutivas e isso acredito que é o mais importante em uma competição tão equilibrada. Tomara que consigamos a 5ª no sábado (18/10)”, comentou.
Sobre o gol marcado, que certamente vai ficar na memória do torcedor azulino, ele afirmou ter se inspirado em alguns ídolos, mas também garantiu a impressão do seu DNA na batida que, segundo ele, foi a realização de um sonho.
“Quando sofro a falta, a primeira coisa que faço é ver se está muito longe ou não. Depois, quando percebo que posso chutar direto ao gol, decido na hora. Quando tomo distância da bola, a única coisa que quero é que ela entre. Tenho algumas pessoas que gosto de observar, ver como elas cobram faltas, mas sempre tento colocar um pouco do meu próprio jeito, para que tenha as minhas características. Sobre a comemoração, como se diz no Uruguai, foi o sonho de menino”, revelou.
Durante a comemoração, o jogador tirou e exibiu a camisa com o número 33, muito emblemático quando se trata da rivalidade entre Remo e Paysandu. O número místico remonta ao tabu dos anos 90 e passa ainda pela época do meia Eduardo Ramos, que inaugurou a era da numeração nas camisas, consolidando o mito entre os azulinos.
“Sabia o que significava a camisa 33 aqui. Conversei muito com o Marcos Braz e ele me explicou bastante sobre isso, me deixou por dentro. A torcida também me fez saber. Então, sinceramente, é uma bela responsabilidade. É bom que um clube tenha uma carga simbólica forte em um número. Isso acontece em todos os times”, completou.
O Liberal, 17/10/2025