O jogador que – provavelmente – mais comemorou a vitória no Re-Pa de quarta-feira (07/05) saiu do banco de reservas.
O lateral-direito Thalys não jogava há mais de um ano devido a uma lesão que o obrigou a passar por cirurgia, ainda no início da Série C do Campeonato Brasileiro de 2024. De lá para cá, foram meses de fisioterapia, tratamento e retomada da parte física.
Durante boa parte desse período, seu nome sempre foi alvo de especulações de que deixaria o Baenão tão logo estivesse bem fisicamente. No entanto, ele voltou aos treinos, foi avaliado pelo técnico Daniel Paulista e reintegrado ao elenco.
Contra o Paysandu, Thalys voltou a ser relacionado para uma partida e entrou em campo, curiosamente, atuando improvisado pelo lado esquerdo. Para o jogador, foi um sentimento até complicado de descrever.
“É difícil encontrar palavras para descrever esse momento de muita felicidade, depois de um longo período parado, um período difícil, na verdade, mas ali, em um momento, ainda mais em um clássico, poder retornar e ainda com vitória, foi muito gratificante. Espero continuar trabalhando mais e mais para ter mais oportunidades e poder ajudar nosso Leão”, comentou o lateral.
A largada na frente da decisão do Parazão foi em uma partida em que as duas equipes se alternaram no comando das ações, com o Remo abrindo uma boa vantagem de 2 gols, mas que em poucos minutos se foi. Isso serviu também de alerta para a partida seguinte.
“Acho que a gente iniciou o jogo muito bem, impondo nosso ritmo de jogo e fazendo o que o professor nos pediu. Clássico é um jogo de detalhe, é um jogo que a gente não pode dar brecha e acabamos tomando o empate em um curto período, mas a gente foi para o intervalo, ouviu o que o professor tinha para nos falar e conseguimos voltar, impor nosso ritmo de jogo de novo e, graças a Deus, conseguimos o placar positivo para dar mais um passo para buscar esse titulo”, afirmou.
A análise da partida foi semelhante à do zagueiro William Klaus, que ressaltou a maturidade da equipe para superar um momento no clássico em que o rival está melhor em campo.
“Foi um clima de retomar o que a gente tinha, como a gente começou o jogo, que a gente começou muito concentrado, bastante intenso e acabamos, com 10 minutos de desatenção, quase deixando o resultado escapar e tomar um empate”, disse.
“Então a gente disse que deveria botar a cabeça no lugar e voltar para aquele momento onde a gente estava, unido dentro de campo e conseguindo jogar, chegar na área adversária e fazer boas jogadas. O intervalo foi um momento mais de respirar, de dizer, ‘cara, vamos voltar a fazer o que a gente estava fazendo bem'”, completou o defensor.
Diário do Pará, 09/05/2025