Apesar do clima positivo dentro de campo, fora dele uma nuvem cabulosa começou a se formar. No final da tarde desta quinta-feira, 25/09, a promotoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou o Clube do Remo pelas confusões no estádio Diogão, na partida contra o River (PI), no dia 14/09.
Tumulto, explosões e gás lacrimogênio usado pela polícia invadindo o campo foram citados pelo árbitro Diógenes França Medeiros como a razão para a paralisação da partida por 8 minutos. A promotoria não pegou leve e pede perda de 10 mandos de campo para o time azulino e multa de R$ 200 mil. A denúncia vai a julgamento na próxima semana.
“Já estávamos preparados para receber a denúncia. Pelo que o árbitro colocou na súmula, sabíamos que não havia como não ser denunciados, mas agora vamos nos preparar para o julgamento. Estamos preparando uma série de ações e documentação para nos defender”, comentou o vice-presidente Marco Antônio Pina, o “Magnata”.
Sobre o temor do Leão se classificar e ter de jogar o jogo da classificação para a Série C fora de casa, o dirigente se mostra otimista. “Caso sejamos apenados, vamos buscar outros meios porque ainda é de primeira instância. Ainda podemos apelar ao Pleno, podemos solicitar efeito suspensivo e pedir o adiamento do julgamento para poder jogar o segundo mata-mata aqui em Belém”, enumera o dirigente.
Na mesma denúncia que julgou o Remo, o STJD denunciou o River (PI) pela prática da chamada “mala branca”, com oferecimento de pagamento ao time do Interporto (TO) para tentar a vitória contra o Moto Club (MA), na mesma rodada das confusões em Bragança.
A direção do órgão aproveitou a ocasião para rejeitar pedido de paralisação da competição feita pelo clube piauiense, por conta de denúncia de irregularidade do atacante Danilo Lins e garantiu a realização da rodada do final de semana.
Diário do Pará, 26/09/2014