Goiás-GO 1×1 Remo (Marcelo Rangel) – Foto: Divulgação (arquivo pessoal)
Goiás-GO 1×1 Remo (Marcelo Rangel) – Foto: Divulgação (arquivo pessoal)

O Remo entra em campo nesta sexta-feira (01/08), às 19h, para enfrentar a Ferroviária (SP), no Mangueirão, com dois expoentes da equipe nesta Série B.

Com defesas decisivas ao longo do turno, Marcelo Rangel é o melhor goleiro da competição. Já o atacante Pedro Rocha marcou 10 gols e é o artilheiro isolado. Apesar da importância de ambos, a torcida tem olhares diferentes sobre eles.

Rangel é o grande responsável pela segurança defensiva da equipe, com intervenções fundamentais em várias partidas. Titular absoluto na temporada, contribuiu também para o baixo número de derrotas do Remo – foram apenas 3 na Série B e 6 vezes em toda a temporada, a mesma quantidade do Flamengo (RJ).

Chama atenção o processo de evolução do arqueiro após chegar para substituir o ídolo Vinícius, que dominou as traves azulinas por 7 temporadas. A rejeição inicial da torcida foi superada com muita dedicação e profissionalismo, resultando na plena aceitação atual.

Ao contrário da unanimidade em torno de Rangel, o atacante Pedro Rocha não desfruta da mesma aceitação, embora haja reconhecimento quanto à sua importância. Tão decisivo quanto o goleiro, tendo marcado 10 gols em 19 partidas, ele divide opiniões e coleciona críticas pelo excesso de gols perdidos na competição.

O que ocorreu na terça-feira (29/07), contra o Goiás (GO), em Goiânia (GO), foi apenas um exemplo da quantidade surpreendente de chances jogadas fora pelo artilheiro. Em situação normal, pelo número de oportunidades criadas a cada partida, Rocha já poderia ter pelo menos 15 gols marcados.

A falta de apuro na definição, provocada quase sempre pela afobação na resolução das jogadas, é o ponto crucial dos erros cometidos. Porém, há quem defenda a tese de que só perde gol quem arrisca. Rocha tem o mérito de ser incansável e intenso na busca de vitórias.

Na carreira, raramente teve desempenho tão positivo em termos de gols anotados. Como um atacante de lado, não foi goleador nos times que defendeu. No Remo, chegou junto com Felipe Vizeu, que tinha a missão de fazer os gols. A situação se inverteu e Pedro Rocha ganhou o protagonismo, com méritos, mesmo que a torcida critique e queira sempre mais.

Cansaço é o maior adversário dos azulinos

Para superar a Ferroviária (SP), o Remo terá que inicialmente superar o cansaço físico da maratona iniciada com a viagem para o jogo na capital goiana, na terça-feira (29/07), sem o tempo adequado para a recomposição física. A delegação retornou no dia seguinte pela manhã e fez um treino “regenerativo” à tarde, seguindo de um treino leve na manhã seguinte, como preparação para a estreia no returno da Série B.

Quando a partida terminou no estádio Hailé Pinheiro, o técnico António Oliveira não escondeu a irritação com o “castigo” imposto ao Remo – jogar no “último horário” da terça-feira e encarar, apenas 66 horas depois, um novo compromisso, às 19h de sexta-feira (01/08).

Soa incompreensível que a partida com a Ferroviária (SP) não tenha sido programada para o final de semana, visto que o Paysandu nem vai jogar em Belém nesta rodada.

A explicação banal de que é um problema de grade de programação não esclarece absolutamente nada!

Os clubes nortistas têm – de maneira geral – sido muito penalizados com as questões logísticas e os problemas da malha aérea brasileira. Deslocamentos extensos demais minam o condicionamento dos times, embora nem sempre isso seja devidamente mensurado.

Mesmo que técnicos, jogadores e dirigentes protestem, nada de prático é feito para resolver o problema!

Blog do Gerson Nogueira, 01/08/2025

2 COMENTÁRIOS

  1. Jogo vergonhosos! Agora é torcer apenas para se manter na série B! Melhor mandar logo esse treinador caro e fraco embora e ficar com o interino mesmo! Diretoria sem vergonha!

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