Anderson Uchôa, Veraldo, Erick Flores e Brenner
Anderson Uchôa, Veraldo, Erick Flores e Brenner

Por falta de criatividade no meio, o Remo não desabrochou no Campeonato Estadual até agora. Deu um pequeno sinal de crescimento diante do Itupiranga, quando Felipe Gedoz estreou, mas depois mergulhou no marasmo criativo e não conseguiu mais vencer nas 3 rodadas seguintes, contra Tuna, Bragantino e Paysandu.

Com o camisa 10 em campo, o time tem opções de saída, troca mais passes e encurta a distância entre meio e ataque. Sem ele, que se lesionou e só vai voltar ao time na Série C, o Leão perde força criativa e fica mais previsível.

Caso Paulo Bonamigo queira compensar o vazio de qualidade, pode radicalizar e abraçar a previsibilidade, fechando o setor com 3 volantes de marcação e um meia – Erick Flores, que sabe transitar entre os 3 compartimentos da equipe.

Vale mencionar a maneira usada pelo Palmeiras (SP) de Abel Ferreira para não ceder o contra-ataque aos adversários, povoando o meio e usando volantes e meias para socorrer os lados mais visados, explorando o contragolpe como arma permanente.

Não é um futebol vistoso, nem bonito de ver. Às vezes chega a ser tedioso, mas é inegável que funciona. Ainda mais quando não se tem jogadores de grande habilidade para propor uma forma mais interessante de jogar.

Como o Parazão não é propriamente um primor de técnica, especialmente nos gramados vistos até aqui, reforçar a marcação não é propriamente um ato de retranca burra. É possível fazer com que o meio funcione ofensivamente se os volantes tiverem iniciativa ofensiva.

Um meio com Anderson Uchôa, Pingo, Paulinho Curuá e Erick Flores (Marco Antônio) é um desenho perfeitamente possível no Remo atual. Bruno Alves e Brenner seriam os homens de frente, com Ronald e Veraldo como alternativas.

Caso essa composição seja bem treinada, pode dar certo em jogos de mata-mata, que devem ser equilibrados, levando em conta o nível técnico do campeonato. Sem um criativo na armação, recompor e fechar a linha central com 3 volantes pode ser mão na roda, desde que a saída seja sempre rápida, através do meia e dos laterais.

A transição vai depender da retomada de bola e de passes em velocidade. Utilizar um monte de volantes fixos é um pecado que o sistema de forte marcação não pode cometer. Todos têm a responsabilidade de cuidar da aproximação e de imprimir rapidez nos passes.

Blog do Gerson Nogueira, 04/03/2022

6 COMENTÁRIOS

  1. Fechar o meio de campo diante o águia de marabá, isso é real??
    Por tudo que vem acontecendo apenas duas opções me passam na cabeça , que essa presidência do clube está com intenção de afundar o clube pelo caminho que estamos vendo até aqui ou , que espero que seja isso, montar um grande time , diferenciado , para ganhar a série c e subir novamente.

  2. Gerson Nogueira,vcs da rádio clube,gostam de sacanear o REMO ée elevar o timeco de velhos do chefe de vcs guerreiro,portanto,sua opinião não nos interessa,temos um excelente Treinador que vai saber armar a equipe…

  3. Egua não!!!! fechar o meio de campo!!!! E olha que nós vamos jogar contra o Águia. Isso ainda vai da merda, se esses caras jogarem retrancado.

  4. Se ele jogar em um 3-5-2, vai fechar o meio e conseguir chegar no ataque.
    Problema que o Bonamigo só treina no 4-3-3, e não consegue mudar durante o jogo.

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