Remo 1×2 CRB-AL (Arthur e Victor Andrade)
Remo 1×2 CRB-AL (Arthur e Victor Andrade)

Diante de erros grosseiros na análise de lances polêmicos no Campeonato Brasileiro, os gaiatos de plantão andam espalhando no mundo livre da internet a piada de que a diferença dos esquemas antigos de arbitragem para os atuais é que estes ficaram apenas mais dispendiosos, pois passariam a incluir o pessoal da cabine do VAR.

Teses conspiratórias à parte, há um debate que se impõe quanto ao excesso de insegurança gerado pelas decisões do árbitro de vídeo.

No mundo todo, a adoção do sistema de monitoramento de vídeo contribuiu para esclarecer dúvidas e dissipar discussões sobre os lances mais críticos de um jogo, mas no Brasil a situação é bem diferente.

Aqui, o VAR gera ainda mais receios e desconfianças. Torna-se uma tortura aquele suspense nos intermináveis minutos consumidos entre a análise de vídeo e o chamado para o árbitro de campo dar o veredito final.

O clima criado nos jogos pelas decisões do VAR não contribui para tornar o futebol mais justo. O conceito de justiça esportiva, como se sabe, é bastante relativizado ao longo da história.

Nos tempos pré-VAR, era comum dizer que não havia justiça em futebol. Porém, desde que se instituiu o árbitro de vídeo, nasceu a sensação de que era possível avaliar lances com mais justeza e confiabilidade.

Acontece que não há apenas a interferência do olhar eletrônico. Nas tomadas de decisão entra o fator humano e é justamente onde mora o perigo.

A Série B, que passou a contar com o VAR desde 20ª rodada, a primeira do returno, virou palco de algumas situações bizarras. As reclamações se acumulam e a expectativa de diminuição de erros e prejuízos deu lugar a muita frustração.

No jogo entre Ponte Preta (SP) e Brusque (SC), o sistema simplesmente não funcionou. Na partida entre Remo e CRB (AL), o sistema funcionou até mais do que o necessário, com interferências que mudaram o resultado. Foram 2 pênaltis contra o Leão e 1 gol azulino mal anulado por impedimento.

Personagens que tomam parte do processo, embora não estejam atuando nas partidas, os comentaristas de arbitragem do canal Sportv, que transmite os jogos, passaram a ter o papel de fiscais da aplicação do VAR. Dois deles, Sandro Meira Ricci e Paulo César de Oliveira, ex-árbitros, fizeram críticas à arbitragem do jogo do Remo, embora enquanto trabalhava na partida, Ricci tenha tido um posicionamento ambíguo em seus posicionamentos.

A jogada do segundo penal marcado contra o Remo foi apontada como erro grave, pois o zagueiro Rafael Jansen sofreu falta na origem do lance. PC Oliveira apontou falta de critério dos árbitros, citando a anulação do gol de Victor Andrade nos instantes finais da partida. O ex-árbitro questionou a definição gráfica das linhas, que gerou muitas dúvidas sobre a decisão porque o defensor do CRB (AL) nem apareceu na imagem.

Para piorar, o árbitro Thiago Scarascati (SP) mostrou-se inseguro e refém das recomendações do coordenador de cabine, Péricles Bassols (SP). Não havia marcado nenhum pênalti e nem invalidado o gol, mas mudou inteiramente de opinião ao ser chamado no monitor e acabou punindo o time paraense nos 3 lances.

A expectativa de justiça, pelo menos por enquanto, está longe de ser atendida. Botafogo (RJ) e Vila Nova (GO) fizeram um jogo recheado de lances confusos e não observados pelo VAR. Uma agressão do zagueiro Rafael Donato ao atacante Rafael Moura, visível na transmissão, foi ignorada pelo árbitro de campo e pelo monitoramento de vídeo.

Caso a CBF mantenha o comportamento omisso diante de tantos erros, não será surpresa se logo os clubes – que tanto pediram o VAR – chegarem à conclusão de que o jogo fica menos complicado sem bisbilhotice externa.

Baixas de última hora atormentam Felipe Conceição

O Remo viaja para o Rio Grande do Sul com um desfalque sério de última hora: o lateral-direito Thiago Ennes, um dos mais regulares da equipe, que não atuou contra o CRB (AL) e tinha retorno previsto contra o Brasil (RS).

Além de Ennes, o técnico Felipe Conceição talvez tenha que montar outro meio-campo, pois Anderson Uchôa também é dúvida para a partida. Mais sério ainda é o possível desfalque de Victor Andrade, principal atacante da equipe.

Sem o trio, o Remo talvez jogue novamente com Warley na lateral-direita, Arthur no meio e Renan Gorne na frente. A situação já existiu antes e o time teve sérias dificuldades para desenvolver seu jogo. A conferir.

Blog do Gerson Nogueira, 26/08/2021

3 COMENTÁRIOS

  1. Pois é, não adianta querer tapa o sol com a penera. Só porque o comentarista da TV não concordou, não quer dizer ele está certo, olha o jogo atlético mineiro e fluminense, o gol do galo, a comentarista, o juiz achou que bola não entrou e VAR confirmou o gol, talvez todos que estavam assistindo viram que a bola entrou, só a comentarista e o juiz que não, talvez ela seja pó de arroz. O pênalti a favor do fluminense o juiz não viu e o VAR confirmou. Tem falar para o pessoal do Remo que está defendendo, que não dá para cometer pequenos delitos e que ninguém vai vê, tem que usar freio e retrovisor. A tecnologia traz benefício e é bonita, mas, tem que saber usar, se não, é melhor ficar nas trevas.

  2. Esse jogo contra o CRB vai ficar marcado como uns dos maiores roubos da historia do Remo. Pelo menos para meu sentimento, pois desde aquele jogo fiquei totalmente desacreditado com o futebol nacional e expectativa de justica.
    Galera, mais uma vez reforco o coro de ignorar esses times do sudeste. Parem de torcer pra essas merd## e vamos focar em nossa regiao. Esses caras estao se lascando se vamos ou nao cair, e fazem de tudo para nos do Norte permanecermos nas divisoes inferiores. Vao fazer de tudo pra manterem Vasco, Botafogo, Cruzeiro e Ponte na segundona… E o Remo que se cuide!
    E se quiserem torcer para algum clube da atual serie A, que torcam para nossos manos Cearenses, Fortaleza e Ceara.

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