Felipe Gedoz
Felipe Gedoz

Com 23 pontos conquistados em 18 partidas, o Remo não faz a campanha dos sonhos na Série B, mas também não decepciona em sua retorno à competição. Cumpre uma trajetória razoável, com muitas oscilações, característica indissociável do campeonato mais competitivo e difícil do futebol nacional.

Nesta terça-feira (17/08), em Aracaju (SE), o time fecha o primeiro turno com boas possibilidades de melhorar o desempenho na pontuação geral. O Leão enfrenta o Confiança (SE), penúltimo colocado e em fase descendente, vindo de uma goleada para a Ponte Preta (SP).

O Remo tem um conjunto mais afinado, tem jogadores que vêm se destacando e saiu-se bem jogando fora de casa, embora nem sempre obtendo resultados felizes, muito em função de erros grosseiros de arbitragem.

Apesar das projeções otimistas, os azulinos terão alguns problemas para o jogo. Os meias Erick Flores e Matheus Oliveira e o zagueiro Romércio desfalcam a equipe.

Flores é um “dínamo” no meio-campo, auxiliando na marcação e não hesitando em cumprir tarefas ofensivas, como diante do Vasco (RJ).

Matheus teve boa atuação na sexta-feira (13/08), apagando a má impressão inicial. Participou ativamente dos lances que decidiram o confronto e mostrou utilidade na articulação.

Outro problema sério é a ausência de Romércio, titular absoluto da zaga e exemplo de regularidade.

Todos farão muita falta, mas Romércio e Flores são os que deixam lacunas difíceis de preencher. Por outro lado, Felipe Gedoz volta ao time. Para muitos, o camisa 10 não pode mais ser considerado intocável. Nos 2 jogos em que esteve ausente (CSA-AL e Vasco-RJ), o time se movimentou bem e mostrou até mais desprendimento tático.

Há, inclusive, um movimento crescente pedindo a “barração” de Gedoz, levando em conta que o Remo parece mais solidário e rápido quando ele não está em campo. Em parte, isso é verdade. Muitas vezes, o meia se ausenta e não assume o papel de protagonista que lhe cabe.

Por outro lado, o meio-campo ganha em criatividade e o ataque conta com um finalizador de qualidade quando ele joga. Não por acaso, é um dos artilheiros do time. As cobranças e críticas talvez contribuam para que o jogador evolua e possa ser mais colaborativo quando não estiver com a bola.

De qualquer forma, o Remo tem plenas condições de obter um bom resultado em Sergipe, principalmente pela paz proveniente de 2 bons jogos em sequência, fazendo sumir do horizonte o clima de desconfiança que se abateu sobre o Baenão após a derrota para o Operário (PR).

Ao mesmo tempo, é preciso ter em conta também os desafios que surgem no caminho dos técnicos na Série B. Com 2 jogos por semana, com intervalos de 72 horas, não é possível treinar normalmente. As escolhas e testes ficam para os jogos. Felipe Conceição tem enfrentado isso no Remo, com desfalques em série que obrigam ajustes constantes.

Blog do Gerson Nogueira, 17/08/2021

1 COMENTÁRIO

  1. Temos que evitar essas contusoes demoradas de nossos jogadores,isso atrapalha bastante nossa camimhada na serie B.

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