Igor Fernandes, Felipe Gedoz e Thiago Ennes
Igor Fernandes, Felipe Gedoz e Thiago Ennes

Fazia tempo que uma decisão não mexia tanto com o emocional da torcida remista. O Fenômeno Azul passou a semana inteira preocupado com o jogo deste domingo (28/11), contra o Confiança (SE), no Baenão. A ansiedade não arrefece nem mesmo com a vantagem de poder jogar sem precisar de combinações de outros resultados.

O CRB (AL) derrotou o Vitória (BA), na segunda-feira (22/11), deixando o caminho livre para o Remo resolver sua situação na Série B com uma vitória simples hoje sobre o adversário sergipano. É um trunfo importante, que Londrina (PR) e Vitória (BA) não têm.

Apesar das circunstâncias que favorecem os sonhos de permanência, há no imaginário do torcedor o justificado receio de uma recaída técnica, sentimento motivado pela fase cambaleante do time nas últimas 10 rodadas. Foram 7 derrotas, apenas 1 vitória e 2 empates.

O time se tornou inconfiável a partir da insistência do ex-técnico Felipe Conceição, que se manteve agarrado a um modelo de jogo que não tinha as peças necessárias para funcionar. A teimosia se estendeu a nomes que atravessavam fase técnica insatisfatória. Arthur é o exemplo mais óbvio.

Felipe caiu acreditando na proposta de jogar com um meio-campo aberto, propondo jogadas e controlando a posse de bola. Nessas rodadas que causaram a queda vertiginosa do time, raras vezes a proposta se mostrou exequível. Em alguns momentos, como diante do Brusque (SC), lampejos deram a falsa impressão de uma recuperação.

A vitória contra o Cruzeiro (MG), importantíssima por permitir superar a faixa dos 40 pontos, não teve a sequência esperada. Na rodada seguinte, o time afundou em casa contra o Londrina (PR), um adversário direto. Resquícios desse descompasso se estenderam à estreia de Eduardo Baptista, contra o Goiás (GO). Outro erro individual comprometeu a atuação.

Como a partida deste domingo (28/11) representa a chance de permanência, tudo o que ocorreu no período recente fica em segundo plano. A parte psicológica, que tanto influiu no rendimento oscilante da equipe, parece estar sob controle. Os nervos funcionam bem desde que o time titular bateu o Manaus (AM), com autoridade, pela Copa Verde, na quarta-feira (24/11).

Com o Baenão cheio, tudo o que o Remo precisa é de alma para responder aos anseios da torcida e sangue frio para definir o jogo. Nesse aspecto, o papel dos líderes do elenco – Erick Flores, Felipe Gedoz, Lucas Siqueira e Vinícius – torna-se crucial para conquistar o resultado tão esperado.

Blog do Gerson Nogueira, 28/11/2021

1 COMENTÁRIO

  1. Excelente explicação para a derrocada do esquema conceição, ” meio aberto com posse de bola, sem objetividade”.
    Pena que o Bentes e os dirigentes de futebol, insistiram no conceição, devem ter aprendido a lição, time que não vence em 4 jogos, algo está errado, não adianta insistir, se não pode se trocar jogador, que troque o comando.
    Baptista tendo mais jogos, não passaríamos por isso!
    Que fique a lição!

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