Mangueirão
Mangueirão

Fechado desde fevereiro deste ano para reforma, o Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, virou um canteiro de obras. Orçado em mais de R$ 186 milhões, o projeto de modernização do estádio visa, entre outras coisas, a ampliação da capacidade de público, saindo de 35 mil para mais de 50 mil torcedores, além da revitalização completa do gramado e inclusão de novas rampas de acesso aos assentos.

O titular da Secretária de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), Ruy Cabral informou que a obra deverá ser finalizada somente no final de 2022 – o prazo inicial previa conclusão em 18 meses (agosto de 2022).

“A princípio, R$ 186 milhões. Esse é o valor básico que postamos nas licitações. Até o final de 2022, estaremos concluindo, com o que propomos, internamente, o Mangueirão. Logicamente que outras propostas virão com relação a acessibilidade, mas isso não está ainda dentro do (projeto) que é o novo Mangueirão. São conversas que ainda vamos ter com a Prefeitura, com os órgãos de mobilidade, com a Semob, que cuida desse trânsito externo ao Mangueirão”, disse.

Em pouco mais de 5 meses desde o início das obras, os assentos, tanto das arquibancadas como das cadeiras, já foram retirados e a descida da nova área de cadeiras cativas do “lado B” já está em execução.

“Estamos com toda a ampliação das cadeiras, onde eram cerca de 2 mil pessoas e agora serão 12 mil pessoas com a ampliação. Estamos fazendo as rampas de acesso. Termos mais 2 rampas de cada lado para dar viabilidade e fluidez, pela quantidade de espectadores que vamos ter a mais. Junto com o Corpo de Bombeiros, houve a definição que precisava ter mais rampas de cada lado para justamente que esse tempo de saída ficasse de acordo com o recomendado”, explicou o engenheiro responsável pela obra, Gilmar Mota.

Ainda de acordo com ele, com a inclusão de novas cadeiras atrás das traves, a expectativa é que o Mangueirão passe a receber mais de 50 mil torcedores.

“Com a ampliação das cadeiras já existentes e a ampliação lateral, a capacidade do estádio será acima dos 50 mil torcedores. Não vai deixar de ser estádio olímpico. Mesmo com a ampliação das cadeiras, vamos preservar a pista de atletismo. No caso das arquibancadas superiores, estamos fazendo toda a restauração estrutural e também dos assentos, que serão modificados, passando a ser de acordo com a recomendação da Fifa e Conmebol”, informou.

Uma das primeiras etapas já finalizadas foi a retirada do gramado. O “tapete” original do estádio foi doado e agora está sendo feito um estudo para ajustar a drenagem, um dos principais problemas do estádio ao longo dos anos, muito em virtude das fortes chuvas que caem durante o ano em Belém.

“O gramado já foi retirado e agora estamos fazendo uma avaliação em toda a parte da drenagem do campo, para depois colocar a nova grama. A colocação do novo gramado será a última etapa da obra, a cereja do bolo. Essa parte vai ser para finalização”, falou.

Além da reforma na parte interna do estádio, o novo Mangueirão vai passar por uma adequação na área externa, onde há um enorme espaço que vem sendo utilizado por ambulantes e é por onde os torcedores chegam e saem do estádio.

Segundo o titular da Sedop, serão criadas mais vagas de estacionamentos na parte externa do Mangueirão. Para isso acontecer, ainda haverão conversas com a Prefeitura de Belém e com a Semob para definir a viabilidade do que poderá ser feito no local.

“Em razão da remoção do estacionamento interno, vamos ampliar o estacionamento externo. Criaremos mais 400 vagas, além das que já existem. Vamos fazer uma análise com a prefeitura para saber da acessibilidade. Dentro do raio do estacionamento do Mangueirão, vamos estar ampliando e dando maior vazão aos torcedores”, comentou.

Em fevereiro deste ano, quando o contrato com o grupo de empresas “Consórcio Mangueirão”, que está executando as obras do Mangueirão, foi assinado, o Governador do Estado, Helder Barbalho, afirmou que já havia alinhado com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que um dos últimos jogos da Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa do Catar 2022 fosse disputado em Belém.

Sobre o assunto, Ruy Cabral afirmou não ter a confirmação exata da realização do jogo na reabertura do estádio, mas disse que o planejamento está sendo seguido para possibilitar isso.

“Estamos planejando isso. O Governador esteve meses atrás vendo o cronograma de jogos da Seleção Brasileira e acredito que ele já tenha alinhado com a CBF. Seria excelente ter a Seleção na reabertura do estádio e, lógico, o nosso Re-Pa”, finalizou.

Roma News, 11/08/2021

14 COMENTÁRIOS

  1. Por essa nova projeção não vai ter jogo das eliminatórias como jogo inaugural
    Se fosse ficar pronto em Agosto até dava, mas se ficar pronto no final de 2022 aí não vai dar. A Copa começa em novembro.

  2. Não vejo utilidade alguma em manter a pista olímpica será um espaço ocioso sem nenhuma serventia, faz tempo que não há competição olímpica em Belém e não tão sedo não haverá. As arenas modernas não existe mais pistas olímpicas, além do mais está pista olímpica tem as cores da mucura mais um motivo pra ser retirada.

    • Concordo. Estádio olímpico para uma cidade em que o forte é o futebol é de péssimo gosto. A prefeitura deveria construir um estádio olímpico de pequenas dimensões como o de Goiânia. O Mangueirão deveria ser uma arena moderna exclusiva para o futebol. Foi por causa dessas ideias retrógradas dos políticos
      paraenses que perderam a copa e mesmo assim não aprendem.

      • Existia um projeto para esse estádio menor ao lado do Mangueirão. Aquele terreno tem muito espaço ocioso ainda. Porém, o chamego por aquela pista de atletismo é muito grande!

  3. O programa NAÇÃO AZUL já tem que criar uma nova categoria que terá acesso às novas cadeiras no Mangueirão. Serão mais vagas, cerca de 10k a mais. Será quase um BAENÃO inteiro.

    Uma outra fonte potencial de arrecadação para arregimentar novos sócios.

  4. A princípio 186 milhões! Sabe-se lá quantos vai se acrescido aí ao final da obra. Egua mano, é na cara dura mesmo.

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