Remo 0×2 Atlético-MG (Felipe Gedoz)
Remo 0×2 Atlético-MG (Felipe Gedoz)

A primeira apresentação do Remo na Série B deixou a torcida dividida. O primeiro tempo diante do CRB (AL) agradou – time intenso, vibrante, com saídas e soluções rápidas. A segunda metade da partida manchou a atuação inicial e decepcionou. Fez lembrar passagens ruins do time nas etapas decisivas da Copa Verde e do Campeonato Paraense.

Contra o Brasil de Pelotas (RS), neste sábado (05/06), às 19h, no Baenão, surge a oportunidade de mostrar um Remo mais sólido e organizado para a caminhada no Brasileirão. O adversário também empatou na estreia, mas atuando mal e sem mostrar repertório ofensivo, mesmo jogando em seus domínios.

Com o time azulino completo, nas condições físicas ideais, a expectativa é por uma exibição mais consistente frente aos gaúchos. Consistência aqui deve ser entendida no sentido preciso do termo – um time que aguente o tranco, jogando competitivamente por 90 minutos.

Um dos graves problemas do Remo do técnico Paulo Bonamigo no Parazão foi a ausência de força e resistência na parte final das partidas. Quando começa a substituir atletas para reforçar o condicionamento geral do time, o técnico acaba involuntariamente disparando o gatilho da desorganização, que afeta o meio-campo e o ataque, principalmente.

Diante do CRB (AL), essa situação se repetiu, lembrando o fraco segundo tempo diante da Tuna, nas duas partidas das semifinais do Parazão. Quando os dois jogadores de extremidade saíram (Lucas Tocantins e Jefferson), a equipe afundou completamente, perdendo poder de pressão sobre a última linha alagoana.

Não haveria problema se o meio-campo sustentasse marcação capaz de conter as investidas do adversário, mas aconteceu justamente o previsível. Veio a pressão e, em consequência, o gol de empate.

O fato é que o formato de jogo adotado por Bonamigo requer intensidade permanente para superar a produção dos adversários. Para que tal “milagre” ocorra, os jogadores precisam estar em alto nível técnico e físico, mas nem sempre isso é possível.

O desgaste físico tem sido notado na maioria dos jogos, forçando as substituições que enfraquecem as linhas do time. Fica a impressão de que, para garantir êxito, o Remo disputa o primeiro tempo sempre em alta rotação, tanto que os gols costumam acontecer nesta etapa.

Para preservar a vantagem construída, os reservas são acionados, mas quase todos – Erick Flores, Vinícius Kiss, Edson Cariús – não respondem às necessidades da equipe. Tem sido assim desde o Parazão e, ao que parece, a comissão técnica ainda não encontrou uma solução.

O confronto com o Brasil de Pelotas (RS) impõe a necessidade de vitória. O provável retorno de Dioguinho e a – ainda incerta – presença de Wellington Silva podem contribuir para dar movimentação, agressividade pelos lados e capacidade de surpreender. O segundo tempo disputado contra o Atlético (MG), nesta quarta-feira (02/06), faz crer na evolução azulina.

Blog do Gerson Nogueira, 04/06/2021

4 COMENTÁRIOS

  1. Hj vcs jogadores e comissa tecnica vistao essa camisa e honrrem,joguem com amor e raça.A torcida tem apoiado vcs e os dirigentes tem feito tudo para dar condiçoes pra vcs,agora falta vcs fazerem a parte ganhando hj,nao aceitamos outro resultado se nao a VITORIA

  2. Tem que fazer a marcação em cima, homem a homem, assim como foi no segundo tempo contra o Atlético mineiro, sufocando o adversário e fazer um placar elástico, se possível ainda no primeiro tempo….pra cima leão

  3. Eu assisti os melhores momentos de Goiás 2×0 confiança, os dois times arriscaram várias vezes chutes de longas distâncias e certeiros, inclusive, um dos gols foi assim e o Remo precisa arriscar chutes de fora da área também, desde que sejam chutes fortes e certeiros e assim consigamos fazer um placar que não seja tão magro, é claro que uma vitória até de meio a zero seja bem vinda, más precisamos pensar mais lá pra frente, derrepente vamos precisar de saldo de gols.

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