Remo 0×1 Operário-PR (Thiago Ennes, Romércio e Pingo)
Remo 0×1 Operário-PR (Thiago Ennes, Romércio e Pingo)

Dizer que o Remo encontrou um modelo apropriado de atuar, condizente com as características de seus jogadores, revelou-se uma temeridade. Tudo aquilo que se projetava a partir das vitórias sobre Brusque (SC), Ponte Preta (SP) e Cruzeiro (MG) entrou em nível de desconfiança com os maus resultados no giro sulista (Londrina-PR e Avaí-SC), impressão atenuada pelo cansaço da equipe com a maratona de 5 jogos em 13 dias.

Depois de uma breve recuperação contra o CSA (AL), contra o Operário (PR), na sexta-feira (06/08), o time se superou em instabilidade e desorganização. Comportou-se como bando, errando passes com frequência assustadora.

De longe, a pior atuação sob o comando de Felipe Conceição, fato reconhecido pelo próprio logo após a derrota.

Não foi uma derrota qualquer. O desempenho foi pavoroso, com falhas primárias de posicionamento, como no lance que levou ao gol de Thomaz.

Não houve sequer a tradicional aplicação, combustível que muitas vezes ajuda a ofuscar atuações ruins e dias infelizes.

Sem vibração e intensidade, o Remo afundou logo depois que ficou com um jogador a mais, quando Rafael Chorão foi expulso, aos 4 minutos, por entrada violenta no volante Pingo.

O que parecia abrir um clarão de possibilidades, mostrou-se um paiol de desacertos. O time passou a jogar para trás e para os lados, raramente indo ao ataque. O primeiro chute, de Felipe Gedoz, só ocorreu aos 27 minutos.

Estranhamente, muitas vezes parecia ser o Operário (PR) que tinha um homem a mais. Bem formatado pelo técnico Matheus Costa, o time paranaense teve vários desfalques, comprometendo principalmente os setores de meio-campo e ataque, mas diante de um Remo bagunçado, essas baixas nem fizeram falta.

A improdutividade do primeiro tempo deu lugar a uma afobação desnecessária na etapa final. Felipe Conceição trocou Pingo e Thiago Ennes por Marcos Júnior e Wellington Silva. Pareceu, em um primeiro momento, que o Remo finalmente iria encontrar o caminho, mas Paulo Sérgio meteu uma bola na trave de Vinícius.

Depois que Rafinha substituiu Gedoz, surgiu a melhor jogada: o meia-atacante acertou um tiro forte na trave esquerda do goleiro Simão.

O Operário (PR) passou a equilibrar as ações, arriscando saídas ao ataque que exploravam a insegurança gritante do meio-campo do Remo. Com Lucas Siqueira posicionado como atacante, o time perdeu um combatente qualificado à frente da zaga. Arthur errava quase todas as tentativas e Marcos Júnior não se decidia entre marcar e armar.

De repente, Thomaz avançou sozinho, se livrou da marcação de Wellington Silva e mandou para as redes de Vinícius, observado por 4 defensores remistas.

O gol atestou que o Remo não soube jogar com a vantagem numérica e não se preparou adequadamente para encarar um adversário tão tinhoso. A vitória com tintas heroicas do Operário (PR) é a constatação de que as escolhas de Felipe Conceição para substituir Anderosn Uchôa, Erick Flores e Victor Andrade foram tremendamente infelizes, afetando inclusive o desempenho de Lucas Tocantins, isolado e sem jogadas que explorassem sua velocidade.

Depois da casa arrombada, o vexame foi avaliado corretamente pelo treinador, mas o argumento de que foi melhor acontecer agora não conforta a massa torcedora e todas as dúvidas quanto à confiabilidade da equipe voltaram à tona com toda força.

Não há saída: Felipe Conceição e seus jogadores terão que dar uma resposta e o Goiás (GO) é o próximo desafio.

Blog do Gerson Nogueira, 08/08/2021

14 COMENTÁRIOS

  1. Concordo com tudo que o Gerson Nogueira falou. Remo foi bisonho em campo, mas a muito tempo ele já vem assim, fruto das péssimas contratações que foram feitas. Remo a caminho de volta para a série C.

  2. Falta ao LEÃO treinar condicionamento físico, os jogadores que estão no elenco sabem jogar, porém, os mesmos estão sem preparo físico. No futebol europeu não se tem jogadores que são dribladores, apenas condicionado fisicamente e com isso dão opção aos companheiros pra receber as bolas com bastante movimentação!!!

  3. Perfeita análise do Gerson Nogueira, foi catastrófica essa partida contra o Operário. Os próximos três jogos serão contra adversários bem difíceis, ficamos entre a cruz e a espada tendo que secar anda mais os adversários diretos do Remo que também lutam para permanecer na série B.

  4. O ” ainda bem”, só terá sucesso se ainda bem que mandaram embora Gorne, pingo e Cia. Assim teremos folga de salário para contratar jogadores de segunda divisão, que possam vestir com compromisso e responsabilidade a camisa azulina.

  5. Parabéns treinador voce que tapa o sol com a peneira , eu sempre souber e dise aqui. Artur, pingo , Thiago Miranda, wallace, são jogadorez promissor, mas não pra agora são para o futuro nâo são jogadore de série B.
    Anda digo seu Conceição a zaga do remo é. Romercio e jansem ou suelligton.
    Mexidas erradas estão afundando o remo jogadores sem criatividade e sem vontade , é inadmissível que um jogador de futebol professional não sabe bater um escanteio, não entendo o gedoz parece que bate tão bem na bola e da uns lançamentos ou passes tão horríveis, outra coisa remo 100 % diga aí para esse treinador dizer para os JOGADORES ninguém ganha uma partida querendo faser gols só se a bola chegar de baixo da trave para chutar ,tem que treinar chutar de fora da área, será possível que ninguém vê isso será que são tudo cego aí nessa comissão técnica, agora vem o Goiás e o Vasco a cobra vai fumar se não tomar cuidado de mudar essa situação vai ser duas porradas, aí sim eu digo que a cobra vai fumar. Saudações. Azulinas.

  6. Horrível!!!! Time sem vergonha. Jogadores pífios sem vontade !!! Técnico arrumou uma lambança. Pingo e Arthur não tem know-how para jogar essa série B. Lucas Siqueira já vem mal a muito tempo. Marcos Junior ajudou nos primeiros jogos mas está sem condicionamento e é ruim. Só Jesus para ajudar esse time !

  7. Nao temos jogadas ensaiadas,nem batedor de faltas ou escanteios(podem decidir uma partida),,nao temos NADA!Precisamos rever essa situaçao senao a vaca vai pro brejo!!

  8. É perfeitamente compreensível que o Leão sempre dá a volta por cima porque o Leão não dorme, pode haver alternância nos resultados, porém o Leão tem que saber se movimentar mais, quando o adversário tentar comprimir o jogo. O Leão precisa seguir as orientações do nutricionista e treinar para manter o preparo físico em dia, eu acredito na competência dos nossos Profissionais que trabalham fora do campo dando toda atenção aos nossos craques.

  9. As invencionices de Felipe conceição se mostraram desastrosas. É desnecessário jogar em casa com três volantes (Pingo, Arthur e Lucas Siqueira).
    Essa derrota, em minha opinião, só tem um culpado: o técnico, inventor, Felipe Conceição.

  10. Foi vergonhoso, a bola não sabia o que fazer nós pés dos jogadores do Remo. Ela pedia pra avançar, mas era rolada para trás ou maltratada com chutes sem sentido, coitada. Acho que ela não vai mais querer fazer parte de um jogo do Leão. Ela de tão irritada que ficou preferiu se chegar um pouco pro lado do operário, que a tratava melhor, com mais carinho e determinação. Notei, então, um largo sorriso maroto no semblante dela ao rolar para o interior do gol do Remo, como a dizer:”vocês não querem ter intimidade comigo, tem quem queira!”.

  11. O padrinho do Gorne é forte aí no Remo, porque é um jogador que não apresenta nenhuma vontade e ainda está no time. Ele e outros tem que pegar o boné e rasgarem em quanto há tempo.

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