Renan Gorne
Renan Gorne

Em 9 jogos pelo Remo, Renan Gorne alcançou a melhor média de gols da ainda curta carreira, com recém-completados 25 anos de idade. Já balançou as redes 4 vezes, a última delas na vitória por 2 a 1 sobre o Castanhal, quando também deu uma assistência.

A média está em 0,44 gols por jogo, à frente dos 0,24 (2020) e 0,17 (2019) pelo Confiança (SE), onde se destacou antes de chegar ao Leão. Com a rápida adaptação ao elenco azulino e à formatação tática proposta por Paulo Bonamigo, não há como não esperar ainda mais do centroavante formado no Botafogo (RJ).

O bom desempenho o fez cair rapidamente nas graças da torcida remista. Afinal, os 3 primeiros gols com a camisa azulina foram já nos 2 primeiros jogos. Nem mesmo a expulsão diante do Castanhal manchou a atual reputação de Gorne com o Fenômeno Azul. É só reparar os comentários à sua postagem no Twitter:

https://twitter.com/rgorne/status/1385006450636951552

Renan Gorne falou sobre a rápida passagem pelo rival Paysandu, o trabalho de “tradutor”, a chegada contundente ao Remo e ótimo ambiente azulino. Confira a seguir:

Este ano, na chegada ao Remo, boa parte do público paraense já te conhecia por ter passado pelo Paysandu, em 2018. Na época você teve poucas oportunidades e marcou 1 gol em 10 jogos. Essa experiência no rival facilitou a volta ao Pará em termos de adaptação, clima e também a pressão do torcedor?

Quando recebi a ligação sabendo do interesse do Remo na minha contratação, fiquei muito feliz. O Remo é um clube gigante, com seu torcedor muito apaixonado. Sei que é uma forma de mostrar todo meu futebol e estar em um time com a torcida desse tamanho, que apoia o clube nos bons e até nos piores momentos é o que mais me motiva para estar bem nas partidas e buscando a vitória em cada jogo. Estou muito feliz aqui!

Você também retorna ao Pará em um contexto diferente na carreira. O Paysandu foi, de certa forma, seu primeiro clube fora do Botafogo (RJ), onde você fez toda a base como jogador. Antes, só teve a passagem pelos Estados Unidos, em uma liga menos competitiva. Agora, você chegou ao Baenão respaldado por 2 temporadas sólidas no Confiança (SE), com muitos jogos e gols. Queria que você fizesse uma avaliação desses momentos, considerando o aspecto técnico/esportivo e de maturidade.

Não acho a liga dos Estados Unidos menos competitiva. Estava bem preparado para o desafio. Fui para lá com o intuito de fazer meu melhor e, com foco e a concentração em alta, fiz uma ótima passagem por lá. Quanto à minha primeira passagem aqui em Belém, foi legal, tive meu primeiro título como profissional, apesar das poucas oportunidades, valeu muito a experiência. Hoje estou muito feliz aqui no Remo. Minha passagem no Confiança (SE) foi muito boa para que chegasse aqui com a maturidade que estou hoje. Por lá, conquistamos o acesso à Série B em 2019, um título estadual e uma bela campanha na Série B em 2020. Estou preparado para o desafio de atuar com a camisa do Remo e buscar melhorar ainda mais meu desempenho para ajudar ao máximo meus companheiros na temporada.

As primeiras partidas empolgaram o torcedor azulino. Foram 3 gols em 2 jogos, seguidos por 6 partidas sem marcar. Como você lida com essa oscilação? Você se colocou alguma meta para a temporada, como em relação a número de gols marcados, por exemplo?

Acredito não ter tido oscilação com desempenho. Apesar de não marcado em alguns jogos, sempre fui participativo, isso ajuda o coletivo. Conquistamos vitórias, as classificações na Copa do Brasil e vamos conquistar muito mais! Quero continuar com esse bom momento, fazer o máximo de gols e assistências pra ajudar ao Remo.

Há a impressão de que você se adaptou bem rápido aos demais jogadores e ao esquema tático do técnico Paulo Bonamigo. São 4 gols e 1 assistência. O que você sente que falta para se firmar de vez na titularidade, ainda mais tendo a sombra do Edson Cariús, um centroavante experiente?

Estou feliz pelos gols marcados até aqui, as chances de gol, assistências também. Isso vêm muito em conjunto com o que o time vem apresentando, com isso as oportunidades aparecem. Agradeço muito ao professor pela confiança que tem demonstrado em mim. Tenho que continuar me dedicando ao máximo nos treinos, joga quem estiver melhor e aproveitando as oportunidades. Cariús é um grande centroavante, respeito muito ele, a gente conversa muito e procuro ajudá-lo ao máximo e vice-versa. Só quem tem a ganhar é o Remo.

De fora, parece que o ambiente interno no Remo é muito positivo e tudo meio centralizado na figura de Bonamigo. Fala um pouco dessa experiência com o técnico, a relação com ele, tanto na rotina de trabalho quanto em momentos fora do clube.

O professor Bonamigo é um cara super do bem. Cobra muito, ao extremo, de nós, porque ele sabe o que cada um pode dar de si para ajudar. Isso nos faz crescer, querer ser cada dia melhor. Tanto que os resultados estão aparecendo desde sua chegada ao clube! Então sou grato à ele e toda a comissão pela minha evolução que venho tendo e acredito que todo o time também.

Conta um pouco de como tem sido o relacionamento com os demais jogadores. De quem você é mais próximo?

O grupo é muito bom, muito mesmo. A convivência é a mais sadia possível. Nos respeitamos muito e cada um querendo sempre buscar o seu espaço na lista de convocação para os jogos, o que faz a competitividade e o nível da equipe se tornar ainda maior. Isso é fundamental. Não é à toa que estamos invictos na temporada 2021. Me dou bem com todos, quem sou mais próximo é do (volante Anderson) Uchôa e do (lateral-direito) Thiago Ennes, por a gente ser vizinhos aqui no condomínio.

Uma última curiosidade sobre a passagem pelo Paysandu: Ryan Williams. Por ser fluente em inglês, você ajudou muito a traduzir instruções do técnico a ele e vice-versa. Como foi esse trabalho de “tradutor” informal? Ainda mantém algum contato com o Ryan?

Sim, ajudava ele bastante. Não custava nada ajudá-lo, ele foi um grande amigo naquele período em que jogamos juntos, sempre ficávamos batendo faltas após os treinos. Concentrávamos juntos para os jogos, sempre tentando ajudar um ao outro. Com isso, era bom que continuava praticando o inglês. De vez em quando nos falamos ainda.

Globo Esporte.com, 25/04/2021

3 COMENTÁRIOS

  1. Acreditamos muito no trabalho, sabemos que teremos grandes equipes pela frente, especialmente na série B, certamente que precisamos de ajustes principalmente na defesa, pois estamos levando gols em todos os jogos, mas se cada um fizer sua parte as coisas entrarão nos eixos. #JUNTOS SOMOS MAIS FORTES !!!

  2. De 7 perguntas quase a metade o reporte fala da mucura. Tu é doido é, não tem assunto não? Quem é esse leso desse mucurento!?

    • Realmente, mais uma vez fica escancarada a puxação de saco da mucurinha, por esses pseudos repórteres do grupo falido da família do plim-plim.
      Sai pra lá!!!!

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