Felipe Conceição
Felipe Conceição

O Remo se prepara para 2 jogos seguidos como mandante, contra Vila Nova (GO) e Brusque (SC). Será uma chance preciosa para sair da 20ª posição na tabela e se recuperar na Série B do Brasileirão.

Oportunidade e desafio convivem lado a lado. Ao mesmo tempo em que planeja somar 6 pontos, o time convive com carências que dificultam propostas ofensivas e criação de situações de gol. Acima de tudo, as opções para o ataque são limitadas.

Até na única vitória em casa, sobre o Brasil (RS), ainda na 2ª rodada, o Remo sofreu bastante para marcar um único gol com Renan Gorne. Lutou o jogo todo e sofreu muito com a dura marcação do adversário.

Esse panorama se repetiria nos outros 3 jogos disputados no Baenão, contra Vitória (BA), Guarani (SP) e Sampaio Corrêa (MA). As principais deficiências são falta de repertório ofensivo, transição defeituosa e finalizações horrorosas.

O time se limitava a ficar quase metade do tempo tocando bola na horizontal, lá atrás, esperando por uma brecha que nunca aparecia. A demora em adotar um jogo mais resoluto, capaz de desbravar as linhas de marcação, acabava por cansar o próprio time e a encorajar os visitantes.

As ideias de Paulo Bonamigo não resultaram em soluções práticas, principalmente jogando no Baenão, contra times que se fecham em até dois blocos de marcação.

É importante dizer que os problemas foram acentuados pela perda de jogadores importantes. As baixas desfiguraram por completo o esquema. Sem os laterais Wellington Silva e Marlon, o Remo desfez um de seus maiores trunfos: o avanço forte pelos lados do campo, para infiltrações na área e cruzamentos para os atacantes de área.

Ao longo do caminho, por motivos extracampo, Bonamigo perdeu Dioguinho, que exercia um papel crucial pelo lado direito e na ajuda à articulação de meio. Nos últimos jogos, ficou sem Jefferson e Rafinha, que voltou contra o Coritiba (PR) e se contundiu de novo.

Esse breve retrospecto é para fazer justiça a Bonamigo e mostrar os desafios que surgem no caminho de Felipe Conceição. Marlon já voltou, mas Wellington Silva, Lucas Tocantins, Jefferson e Rafinha seguem de fora.

É possível que o novo técnico possa contar em breve com os recém-contratados Marcos Júnior e Victor Andrade, compensando as muitas perdas causadas por lesões. Para encarar o Vila Nova (GO), nesta quinta-feira (08/07), é possível que Felipe repita o time que atuou bem contra os paranaenses, sem Rafinha.

Com a saída de Edson Cariús, só resta um atacante de área: Renan Gorne. É um bom momento para que o time passe a utilizar outro modelo tático, com jogadores de maior mobilidade, sem depender de um centroavante fixo.

Blog do Gerson Nogueira, 07/07/2021

5 COMENTÁRIOS

  1. Dois jogadores que não vejo necessidade no.time: Uchôa e Gorne. Entram e sempre são substuídos por falta de produtividade, então pra que entrar com eles?

  2. Exatamente ,porque é necessário um centroavante de referência? Porque não utilizar atacantes sem posição fixa,o importante é ter finalizadores na frente e falta o Remo chutar mais a gol é irritante a falta de chutes de longa e média distância,parece que os jogadores tem medo de errar..

  3. Nao sei nem o que dizer,sinceramente;como um time pode se tornar tao INOPERANTE e SEM AGRESSIVDADE NENHUMA contra times de mesmo nivel tecnico?????

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