Fábio Bentes
Fábio Bentes

A volta da torcida aos estádios em Belém ainda é incerta. Na semana passada, um Congresso Técnico foi realizado com os representantes dos clubes da Série B, dirigentes de Federações e membros da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas o martelo não foi batido, já que nem todas as cidades envolvidas estão com o bandeiramento verde.

O presidente Fábio Bentes explicou algumas situações que envolvem as despesas de uma partida, principalmente nesse momento de pandemia, já que algumas normas são fundamentais para a retomada dos jogos, sem que o clube tenha prejuízo nas realizações das partidas.

Uma nova reunião entre os clubes da Série B foi marcada para o próximo dia 17/09, por videoconferência e, caso tenha 80% dos municípios liberados, a volta dos torcedores será acatada pela CBF. Para que isso ocorra, será necessário ter 13 cidades aptas pelas autoridades sanitárias, número que estava em 9 no último encontro.

A Prefeitura de Belém liberou apenas 20% da capacidade dos estádios da capital e isso implicará em ingressos com um valor mais alto, segundo informou Bentes.

A situação envolve principalmente a primeira partida, dependendo se ela for à noite, já que o Remo precisa cumprir o compromisso do “Jogo da Luz”, uma campanha que foi realizada antes da pandemia para arrecadar recursos visando a compra dos refletores do Baenão, mas por conta do surgimento da Covid-19, a partida ainda não foi cumprida.

“Temos em torno de 800 pessoas que compraram ingressos do ‘Jogo da Luz’. Existe em torno de 1.300 sócios-torcedores com o plano de gratuidade, com o acesso garantido ao estádio. Temos também as gratuidades, meia-entrada e, dentro desse cálculo e critério, no caso de 20% da capacidade, sobrariam entre 200 a 300 ingressos para venda apenas. Daí o ingresso terá que ser muito alto para conseguir cobrir as despesas”, disse Bentes, complementando que o preço ainda não está definido.

O presidente azulino comentou sobre o valor das despesas que o Remo terá, já que ele é o clube mandante e terá a responsabilidade de cumprir as exigências que constam no protocolo de segurança feito pela Federação Paraense de Futebol (FPF), em parceria com o Governo do Estado e Prefeitura de Belém.

“Calculamos que essas despesas serão em torno de R$ 60 mil a R$ 80 mil. Estariam incluídos os seguranças, orientadores, grades, equipamentos que teremos que alugar. Todo um sistema que precisa ser montado de acordo com o protocolo para compor o acesso dos torcedores. Apesar de ser um jogo pequeno, teríamos uma logística completa de uma partida, com reforço no quadro pessoal”, avaliou.

Caso seja liberado público na reunião do dia 17/09, o Remo teia uma partida com a presença do torcedor no dia 24/09, às 19h, contra o Náutico (PE), pela 26ª rodada, mas o valor do ingresso poderá diminuir a partir do próximo jogo, contra o Coritiba (PR), no dia 04/10, já que não teria a reserva de vagas do “Jogo da Luz”.

“Se aumentar a quantidade de ingressos para a venda, vai baixar o preço, com certeza”, finalizou Bentes.

Atualmente, a capacidade do Baenão está liberada para 13.536 torcedores. Anteriormente, a casa azulina poderia receber 500 torcedores a mais, mas foi preciso retirar parte dos camarotes e as cadeiras do lado da Travessas das Mercês, para a colocação das torres das câmeras para a transmissão dos jogos.

Outra área que não pode ser considerada na contagem de vagas ao público é a das cadeiras cativas, do lado da Travessa Antônio Baena, que hoje é utilizada pelos profissionais da imprensa, já que a cabine voltada para quem faz a cobertura dos jogos está com o numero de pessoas limitadas por conta da Covid-19.

O último jogo do Leão com a presença de torcida foi no Baenão e ocorreu no dia 14/03/2020, no empate sem gols com o Independente, pela 8ª rodada do Parazão da temporada passada.

O Liberal.com, 12/09/2021

7 COMENTÁRIOS

  1. Vai ser preciso grade e etc, porque tem muito torcedor (gente mesmo) que não sabe se comportar e ficar no seu lugar. Se as pessoas fossem civilizadas, muito menos se gastaria em tudo. Esse caso é apenas um exemplo.

    • Ele precisa cumprir o contrato com os que ja pagaram o jogo da luz, sendo assim, o jogo seguinte não terá essa obrigação, ou seja, se não for agora , vai ter que ser o próximo que tiver público.
      Quem tem que se concientizar, é o prefeito que libera um monte de lugares fechados e arquibancada que é um lugar de aberto, fica restringindo, coisa de gente “mente pequena”

      • Segundo informações, a equipe de saúde municipal responsável pela definição dos famosos “percentuais” já sinalizou com o aumento de 20% para 30% nos estádios da capital. A tendência é que esse percentual seja ampliado com o passar do tempo e, a cada rodada em casa, cada vez mais torcedores possam estar presentes. Resta a liberação por parte da CBF, que pode ocorrer na próxima reunião do Conselho Técnico da Série B, que ocorre nesta sexta-feira (17/09).

  2. O caminho não é empurrar o custo de um jogo nos 200/300 ingressos remanescentes. Não tem jeito, o Remo terá que “financiar” esse primeiro jogo na expectativa de começar a ter ganhos a partir do segundo jogo.

    Outra coisa, não podemos esquecer que o jogo da Luz foi uma receita antecipada, ou seja, teoricamente seria responsável por cobrir esse custo operacional do jogo.

    Se for com muito “olho gordo”, vai deixar o ingresso inviável.

  3. Aqui eu quero Parabenizar os 1300 sócio torcedor cujo plano dá direito a gratuidade e também parabenizar os 800 que compraram o ingresso para o jogo da Luz, que o Público seja 30% ou 20% da capacidade do Estádio, o importante é que já podermos ter o Fenômeno Azul presente nos duelos, e em breve poderemos ter a liberação do Público para 80% do Estádio Banpará.

    • Caro Felipe Vilhena Sênior, saudações AZULINAS!

      Eu tenho direito ao acesso ao BAENÃO no primeiro jogo com público.

      Sou ST e tenho o ingresso do JOGO DA LUZ. Então, me enquadro nos dois grupos, mas, sou apenas um.

      Portanto, não ocuparei dois assentos simultaneamente. Que inclusive, têm meu nome neles.

      Imagino que muitos Remistas estão na mesma situação.

      Por isso, penso que a Diretoria deverá solicitar a confirmação antecipada da presença dos torcedores. Assim, saberá a quantidade realmente disponível à venda. Definindo um preço justo e viável.

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