Remo 0×0 Vila Nova-GO, nos pênaltis 4×2 (Vinícius e Marlon)
Remo 0×0 Vila Nova-GO, nos pênaltis 4×2 (Vinícius e Marlon)

O Remo esperou 8 anos para festejar o título da Copa Verde. A competição foi originalmente criada para socorrer o futebol nortista, particularmente o paraense, mas o Leão não achava jeito de botar a mão na taça. Depois de assistir o rival ganhar o torneio duas vezes, os azulinos bateram na trave em 2015, tiveram nova chance na edição 2020, mas caíram nas penalidades.

Desta vez, também na cobrança de penais, o Leão tornou-se campeão. A diferença talvez esteja na firme vontade de vencer. Não que nas outras finais isso tenha faltado. Só que, em 2015, o time imaginou que já era campeão após a goleada no jogo de ida e se deu mal. Em 2020, faltou força a um grupo combalido pelos efeitos da Covid-19.

Contra o Vila Nova (GO), adversário que foi uma pedra no sapato do Remo desde 2020, o time de Eduardo Baptista adotou uma postura competitiva praticando um futebol solidário. Talvez se jogasse com a mesma regularidade, não tivesse sido rebaixado da Série B.

Aliás, a frustração pela derrocada no Brasileirão embalou as críticas de parte da torcida até mesmo nas comemorações de sábado (11/12), no Baenão. É justo que seja assim, embora em alguns casos prevaleça a irreal avaliação de que o Remo deveria ter gastado mais para montar um time mais forte.

Não havia dinheiro suficiente para contratar jogadores mais qualificados, o que não justifica os erros observados na montagem do elenco. Não é uma discussão simples, nem fácil, mas é fundamental que o Remo aproveite o impulso da Copa Verde para retomar os esforços para voltar à Série B.

O jogo final permite tirar algumas conclusões. A melhor notícia é que o time campeão constitui boa base para 2022. A defesa, com a dupla formada por Fredson e Marlon, precisa de um ou dois reforços para se consolidar. Raimar e Igor Fernandes cumprem bem o papel na lateral-esquerda. Wellington Silva, que não jogou a final, ficaria no lado direito.

Quanto ao meio, 6 jogadores suprem bem o setor. Pingo, Arthur, Lucas Siqueira, Paulinho Curuá, Erick Flores e Felipe Gedoz. Manter principalmente os 2 últimos deve ser prioridade. O ataque precisará de novas peças para se juntar a Neto Pessoa, Lucas Tocantins, Ronald e Tiago Mafra.

Curiosamente, jogadores vistos como “descartáveis” voltaram a funcionar com eficiência. Os casos de Fredson e Marlon são os mais óbvios. Para finalizar, Ronald, tantas vezes citado como um autêntico ponta, esperou quase 3 anos para ser reconhecido e valorizado como tal. Eduardo Baptista, que pode voltar em 2022, teve o mérito de enxergar isso.

Blog do Gerson Nogueira, 13/12/2021

4 COMENTÁRIOS

  1. Lucas Tocantis é um ótimo jogador, mas tem muitas contusões, se na serie B já se batia sozinho, imagine na serie C, que so tem gramados irregulares. Não da para contar com esse jogador infelizmente.

  2. Lucas Siqueira, Artur, Tocantins, a porta de saída deveria estar aberta pra vocês. Com Bonamigo treinador o bom jogador Paulinho Curia não terá vez no time como não teve quando Bonamigo esteve por 9 meses este ano no comando do time….

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