Rafael Jansen, Salatiel e Dioguinho
Rafael Jansen, Salatiel e Dioguinho

Os cálculos pipocam por aí, ao sabor do vento. Todos projetando a caminhada mais tranquila rumo ao acesso. São diversas possibilidades e quase infinitas ponderações matemáticas. Os especialistas estabelecem um mínimo de 11 pontos para garantir a classificação no Grupo D.

Um raciocínio mais simplista indica que o vencedor deste domingo (20/12) ficará com um pé no acesso, mas sem significar que o perdedor estará eliminado.

Trocando em miúdos. Em caso de uma vitória, o Remo atingiria 4 pontos em 2 jogos, tendo mais 2 partidas em casa como mandante, contra Ypiranga (RS) e Londrina (PR), além do segundo Re-Pa, com só mais um compromisso fora, contra o Ypiranga (RS), em Erechim (RS).

As perspectivas de acesso crescem enormemente para o vencedor tanto no aspecto técnico quanto no emocional, pois o entusiasmo decorrente da vitória também funciona como efeito anabolizante.

Da mesma forma, uma vitória bicolor seria um passo ainda mais significativo para garantir o acesso, pois o time iria a 6 pontos, com 2 mandos a cumprir em Belém (Londrina-PR e Remo) e 2 fora (Ypiranga-RS e Londrina-PR). Amplas perspectivas, como se vê, de garantir a classificação à Série B.

É importante observar que o eventual derrotado no Re-Pa não ficará alijado da disputa. Para recuperar as chances, precisará triunfar no segundo clássico, em janeiro. O problema passa a ser de natureza anímica. É normal que a derrota no choque-rei gere abatimento, o que pode afetar o comportamento nas próximas rodadas.

Um empate trará efeitos negativos, principalmente para o Remo, pois abre chance para que gaúchos ou paranaenses se beneficiem. Por isso, a torcida paraense em relação ao duelo entre Ypiranga (RS) e Londrina (PR) deve ser pelo empate. Aliás, quanto mais empates entre os sulistas, melhor!

Remistas e bicolores têm, além da preocupação óbvia com o acúmulo de pontos, a obrigação de realizar um grande jogo, depois da vexatória apresentação na 18ª rodada, quando o placar de 0 a 0 soou como nota pela grotesca “encenação” em campo.

A responsabilidade que paira sobre os dois times deve contribuir para um Re-Pa emocionante, com forças que se equivalem, embora o Paysandu viva momento ligeiramente melhor. Com 9 jogos de invencibilidade, o time de João Brigatti conseguiu estabilizar a defesa e achou um novo trio ofensivo, com Vítor Feijão, Nicolas e Marlon.

A partir de triangulações rápidas e velocidade pelos lados, o time vem avançando na competição, mesmo sem ter um meio-campo criativo, dispensando até a figura do meia-armador clássico.

O Remo tem a melhor defesa do campeonato (tomou 10 gols em 19 jogos) e busca alcançar o encaixe perfeito do ataque, que muitas vezes sofre por excesso de erros no último arremate. Sem Eduardo Ramos, cujo aproveitamento na partida é incerto, a articulação fica com Felipe Gedoz, que luta para ser o jogador decisivo que a equipe precisa.

Com o equilíbrio entre zaga eficiente e ataque objetivo, o Re-Pa só não será mais empolgante porque ainda não é possível contar com a presença das duas imensas torcidas, mantidas à distância pelos protocolos de prevenção à Covid-19.

O Leão volta a campo neste domingo (20/12), a partir das 18h, para enfrentar o Paysandu, no Mangueirão. O jogo é válido pela 2ª rodada do quadrangular do acesso na Série C e terá transmissão ao vivo e exclusiva pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora e ganhe 30 dias grátis.

Blog do Gerson Nogueira, 20/12/2020

2 COMENTÁRIOS

  1. rsrsrsrs na verdade se prevalecer o empate as equipe estarão em maus lençóis, já que confrontos são diretos, e só são duas vagas, é fazer o dever de casa que no caso Remo e Mucura, nessa ocasião são neutros. E ficar de olho em seguida nos acontecimentos no outro confronto. Será que teremos Ronald, ou só vão apelar pra base quando estiver tudo perdido!?

  2. Isso de diferenciar jogador por origem divide. O Remo é o seu elenco e o técnico é quem escala. Se estamos em busca do acesso, porquê dar ênfase às possibilidades de insucessos e necessidade de jogador Salvador. Futebol é esporte de equipe. Jogador precisa jogar para a equipe. Por futebol solidário se alcança objetivos. HÉLIO está no time titular, pois cumpre funções. O grande Sócrates, o jogador, dizia que o gol é o bom resultado da jogada bem construida. A boa jogada se faz com a Boa participação ou Boa omissão de jogadores, em sequência de lances que culminam com o resultado esperado. Estamos com uma equipe que determina resultados. Se Jogamos feio, fazemos o jogo do adversário feio, isso acontece quando o adversário não nos deixa jogar bonito. Não jogamos bonito, mas o adversário também não joga bonito.

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